Antes de seu trágico falecimento, o paulistano Domingos Montagner (1962-2016) foi um consagrado ator, teatrólogo, produtor audiovisual e até palhaço.
Alçado à fama em 2011 pela novela Cordel Encantado, Domingos ganhou diversos prêmios como ator revelação. No ano seguintte, protagonizou a série O Brado Retumbante (2012) no papel do presidente da República.
Também interpretou “Miguel” na novela “Sete Vidas” (2015) até fazer seu último trabalho, Velho Chico (2016), como o protagonista Santo dos Anjos.
Domingos morreu no dia 15 de setembro de 2016 por afogamento, no Rio São Francisco, no estado de Sergipe, no intervalo de uma de suas gravações da novela das nove.
Seis anos se passaram e agora a biografia do ator está eternizada na obra “Domingos Montagner — O espetáculo não para”, escrita por Oswaldo Carvalho.
“Foi um enorme desafio. Todos que eram próximos ao Domingos foram muito generosos comigo, e, a partir do “ok” para fazer esse projeto, eu só pensava: “Meu Deus, que responsabilidade!”, reconheceu o jornalista e autor.
Para a biografia, Oswaldo entrevistou quase cem amigos, parentes e artistas de Domingos. Também resgatou inúmeras fotos de acervo pessoal e ilustrações feitas pelo ator, além de visitar a casa onde ele morou na infância.
“Confesso que quando entrou no capítulo sobre como a gente se conheceu e o nascimento dos nossos filhos, fiquei mexida. O livro também traz coisas da infância dele que eu só conhecia de roda de churrasco. A gente vai encaixando peças do quebra-cabeça e vendo uma imagem mais nítida da pessoa. É muito gostoso e bonito isso”, disse Luciana Lima, viúva do ator.
Luciana abriu as portas de sua casa para Oswaldo e também Jaqueline Lavôr, que cuida da pesquisa iconográfica da obra. O autor da biografia pontua:
“Eu não tinha nenhum desejo de invadir esse espaço deles, de puxar uma memória que fosse muito dolorosa. Tudo foi feito no seu tempo. Quando eu sentia que às vezes a conversa estava mexendo um pouco mais com a pessoa, a gente mudava de assunto. Os 3 (Francisco, Fernando e Luciana) são muito cuidadosos com a memória do Domingos e eu achava isso bonito, eu via que eu estava ali com uma responsabilidade muito grande”, disse Oswaldo.
A viúva de Domingos também fez questão de enfatizar todo o respeito do autor, enaltecendo o que descreve como “uma parceria tranquila com uma troca bonita”.
“A ideia do livro veio para registrar esse legado do Domingos de uma forma mais consistente. Mostrar para as pessoas que ele não foi só o galã de novela. Teve toda uma trajetória incrível de vida, um significado na arte, no circo não só enquanto artista, mas enquanto criador, produtor, pessoa política e social. Aos amigos, familiares, fãs fica um registro para a vida”, concluiu Luciana.
Fonte: O Segredo
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