Nenhum humano é feito de solidão. Somos histórias, experiências vividas e havidas no contato com outros. O que nos faz é o encontro, a interação; é o toque, o afago. É o afeto que nos cria, que nos constrói por dentro. Mesmo sabedores de tudo isso, renegar um idoso ou idosa, renegar um “avô” à solidão e ao abandono é situação corriqueira, em nossos dias.
Vivemos tempos classificados pelo sociólogo Zygmunt Bauman como “líquidos”. Tudo é fugaz, imediato, passageiro. Não paramos para ponderar sobre a importância das relações em nossas vidas. Não paramos para enxergar o quanto podemos crescer ouvindo e amando aqueles que vieram ao mundo bem antes de nós e que ainda estão por aqui.
Em razão disso, a Revista Pazes convida a todos os seus leitores a participar do projeto “Adote um avô”. Em diversos abrigos, certamente em algum perto da sua casa, você poderá conhecer idosos que não querem muito de você. Querem o seu sorriso, o seu abraço, o seu tempo. Querem que você esteja disposto a ouvir as suas histórias, saber de suas verdades e porquês.
Então, como adotar um avô ou avó?
1 – Procure descobrir, na Secretaria de Assistência Social ou Conselho Municipal do Idoso do seu município, o endereço dos abrigos daquela localidade. Escolha um deles, ligue para saber o horário de visitas e vá conhecer. Vá visitar. Simplemente vá!
2 – Durante a visita, você conhecerá as necessitades materiais daquele abrigo. Se tiver condições financeiras de ajudar, faça-o segundo as suas possibilidades. Se não tiver, quem sabe falando com os seus amigos você não consiga alguma ajuda?
3 – No abrigo visitado talvez exista a necessidade de mão de obra que você possa prestar. Se você é manicure, se é barbeiro, se é cabeleireiro, se é advogado, médico, fisioterapeuta… Talvez estejam precisando exatamente do seu serviços e você possa dedicar um pouco do seu tempo para isso.
4 – Além dessas coisas que você pode fazer por todo o abrigo, você pode ainda escolher um único avô ou avó e “adotá-lo (la)”:
* Você pode doar a ele o seu tempo, visitando-o regularmente;
* Pode ajudá-lo financeiramente doando remédios, roupas, calçados, material de higiene e limpeza pessoal, fraldas etc;
* Se estiver distante ou tiver que ausentar-se, pode escrever cartas;
* Pode ajudá-lo (ou ajudar a todos) espiritualmente, valendo-se, de acordo com a sua fé, de preces, boas vibrações, remetendo-lhe(s) os seus melhores pensamentos..
Na realidade, você criará a sua própria e pessoal forma de adoção.
Que este projeto seja uma forma de fortalecer o elo entre a geração do agora e a geração que vagarosa e silenciosamente ensaia a sua partida. Que saibamos honrar aqueles que vieram antes de nós, tenham ou não o nosso sangue em suas veias. Afinal, apenas quando o humano que existe no outro encontra eco em nosso interior é que passa a fazer sentido a palavra Humanidade.
Queremos que você nos conte a sua história em que você (ou um grupo de amigos) adotou um avô ou avó. Registre tudo com fotos e vídeos! Serão lindas experiências! Basta escrever para: nararcr@gmail.com.
Agradecemos, carinhosamente, a atenção e o engajamento de todos!
Um forte e fraterno abraço!
Nara Rúbia Ribeiro
Editora Geral da Revista Pazes
Foto de capa: Alline Portugal, dona Luíza e Bruna Carvalho.
A dona Luíza reside no Abrigo Solar Apóstolo Tomé, em Goiânia – GO.
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