“O Voo”, dirigido por Robert Zemeckis e estrelado por Denzel Washington, é uma obra que evidencia a sofisticação do diretor ao explorar soluções técnicas inovadoras, como enquadramentos acrobáticos, fotografia e trilha sonora envolventes, que enriquecem ainda mais as histórias que ele escolhe contar.
Zemeckis tem o talento de oferecer uma nova perspectiva sobre temas aparentemente superficiais ou já explorados, e o faz novamente neste filme, elevando o nível das discussões sobre moral, livre arbítrio, abuso de drogas e busca por redenção.
A trama gira em torno de William “Whip” Whitaker, interpretado de forma impecável por Denzel Washington. Whip é um piloto veterano que lida com uma autodestruição causada pelo abuso de álcool e drogas ilegais, e sua energia negativa afeta a todos ao seu redor. Desde a abertura do filme, percebemos o estado decadente de Whip, que leva uma vida solitária e vazia, refugiando-se em seu trabalho como piloto.
No entanto, o filme toma um rumo inesperado quando ocorre um acidente aéreo. A partir desse ponto, Zemeckis e o roteirista John Gatins surpreendem a audiência com uma reviravolta emocionante. Whip mostra sua perícia como piloto ao realizar manobras ousadas e heroicas, salvando a maioria dos passageiros a bordo.
Essa situação torna Whip um herói aos olhos do público, mas, ao mesmo tempo, ele enfrenta a pressão e as consequências legais por suas ações.
Leia também: A série de suspense criminal com Tom Holland que todo mundo está assistindo
“O Voo” aborda a questão moral que afeta Whip por meio de duas frentes. De um lado, temos Nicole, uma ex-garota de programa viciada em opioides, interpretada de forma tocante por Kelly Reilly, que tenta trazer Whip de volta à razão. Por outro lado, o traficante Harling Mays, brilhantemente interpretado por John Goodman, defende o direito de Whip continuar a se drogar, acreditando que a abstinência pode ser prejudicial.
A obra também destaca o excelente desempenho de James Badge Dale como um paciente de câncer em estágio terminal, cuja atuação é emocionalmente poderosa e esclarecedora, ajudando Whip a tomar decisões importantes em relação ao seu próprio caminho de redenção.
“O Voo” é um filme que oferece um retrato contundente da natureza humana, mostrando como até mesmo pessoas bondosas podem ser consumidas por suas fraquezas e vícios. Robert Zemeckis mais uma vez demonstra sua maestria em retratar a dualidade da psique humana, fazendo com que o espectador se identifique com os dilemas morais enfrentados pelo protagonista.
A conclusão do filme defende que o caminho da redenção é complexo e repleto de escolhas difíceis, e essa mensagem é transmitida com intensidade e profundidade ao longo de toda a narrativa. “O Voo” é um drama poderoso que deixa o público refletindo sobre a complexidade das decisões humanas e a busca pela redenção pessoal.
Leia também: Baseado em história real, filme que aborda o tráfico infantil se torna o mais polêmico do ano
Fonte: Revista Bula
Compartilhe com seus amigos 😉
Imagine abrir um depósito e dar de cara com fitas inéditas de Michael Jackson?! Foi…
Amanda Levi, 23, e Hannah Knoppel, 21, pegaram seus pais de surpresa ao revelar, juntas,…
Uma história de resiliência e coragem marcou a Dakota do Norte em 1992, quando John…
Em outubro de 1987, o Texas virou palco de um drama que paralisou os Estados…
Neste domingo (15), um momento histórico promete emocionar os fãs de Silvio Santos. Globo e…
Você já parou para pensar em como o ciúme pode se manifestar de maneiras diferentes…