Em meio às polêmicas envolvendo o que ficou conhecido como “PL do veneno”, projeto de lei que tramita na Congresso e que visa facilitar a utilização de agrotóxicos no país, uma uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, realizada por cientistas que buscavam formas sustentáveis para substituir o plástico, acabou por levar ao desenvolvendo de uma espuma capaz de reconhecer e absorver herbicidas dos alimentos e da água.
A novidade foi criada a partir de resíduos da indústria petroquímica e componentes naturais, como o óleo de mamona. A combinação facilitou a interação de grupos químicos com os pesticidas e possibilitou a identificação dos agrotóxicos. A pesquisa liderada pela engenheira química Marys Lane Almeida foi publicada no Journal of Hazardous Materials, em março deste ano. A ideia é desenvolver um filme plástico a partir do material da espuma que, ao embalar o alimento consiga detectar e retirar os pesticidas.
“A eficiência é em torno de 90% da espuma com resíduo, e como resíduo puro chega a 95% da remoção do pesticida”, explicou Lena Braga, engenheira química e pós-doutoranda da UFMG, ao site do jornal O Tempo.
Enfim, mais uma em meio à série de notícias que veem sendo divulgadas no últimos dias a respeito da produção científica que existe no país e que está em risco em razão do corte de verbas. Torçamos para que pesquisas como essa não sejam fatalmente comprometidas pela nova orientação política do governo.
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