Por Mariana Kalil
A cada novo ano prometo a mim mesma que passarei mais tempo com minhas amigas. Elas também. Então, as férias terminam, o ano letivo inicia, o trabalho recomeça a todo vapor, aulas de funcional, pilates, filhos, marido, cachorro, família, papagaio e, quando a gente vê… Ho Ho Ho!
Se já estava convencida a cultivar mais as amizades neste 2017, a palestra do chefe de Psiquiatria da Universidade de Stanford, nos EUA, certificou ainda mais minha decisão.
Não é uma palestra recente, mas o tema será sempre atual. Em um dos estudos apresentados , intitulado “Relação entre o Corpo e a Alma, Estresse e Desconforto Físico”, ele mostrou a diferença curiosa em relação à saúde mental de mulheres e homens.
Uma das melhores coisas que um homem pode fazer por sua saúde é se casar, atestou o palestrante. O casamento aumenta a longevidade e o bem-estar pessoal deles. No caso da mulher, o casamento não é determinante para a saúde mental – e sim as amizades. As mulheres conectam-se de maneira diferente dos homens, fornecem e necessitam de outros sistemas de apoio que as ajudam a lidar com experiências estressantes e difíceis em suas vidas. O principal desses sistemas? Passar tempo com as amigas.
De acordo com a pesquisa, mulheres tendem a compartilhar seus sentimentos, enquanto os homens geralmente se conectam em torno de tarefas e esportes. Eles raramente se sentam com um amigo para conversar sobre a vida pessoal. Preferem falar de futebol, trabalho, filhos, carros, viagens, política. Já as mulheres falam sobre si mesmas o tempo todo. Compartilham as emoções mais profundas – e é justamente isso que contribui tanto para seu bem-estar e saúde física e mental.
Sabe o happy hour com espumante, ou o café de fim de semana com as amigas? Pois acredite você que se trata de um programa tão benéfico quanto aqueles 40 minutos estrebuchada e suando em cima de uma esteira.
O conferencista acrescentou que o tal “tempo gasto” com amigas é tão importante para a saúde das mulheres como correr ou fazer ginástica.