Conforme reportado pelo Portal R7, uma proposição muito recorrente no Brasil, inclusive pelo Presidente da República,o chamado “efeito rebanho”, que consiste em apostar que 60 a 70% da população pode ser infectada para, a partir daí, gerar imunização da população, pode levar a ‘centenas de milhares de mortes’
Segundo o Instituto Robert Koch (RKI), um centro especializado em epidemiologia da Alemanha, advertiu nesta quinta-feira (30) contra a aposta na chamada “imunidade em grupo”, ou “efeito rebanho”, e reiterou que, até que uma vacina contra o novo coronavírus seja encontrada, o objetivo é manter a taxa de infecção baixa.
O presidente do RKI, Lothar Wieler, em entrevista coletiva, classificou essa proposta como “ingênua” e referindo-se especificamente à Alemanha, disse que se o vírus não puder ser controlado, o país terá que “lamentar várias centenas de milhares de óbitos”.
“E quem faz isso porque pensa que cria ‘efeito rebanho’ é ingênuo e certamente não tem em mente a saúde das pessoas que dependem dele”, asseverou o virologista.
Segundo ele, a chamada “imunização em grupo” não funciona e que deve ser levado em conta que a covid-19 pode ser acompanhada de quadros clínicos gravíssimos, provavelmente deixando sequelados os pacientes e que, até o momento, ainda não se sabe quão boa é a imunidade de quem já passou pelo contágio.
O especialista frisou que: “O que é claro é que se uma vacina for eficaz e segura, menos pessoas morrerão se forem vacinadas do que se estiverem naturalmente infectadas com o coronavírus” e asseverou: “A ideia de erradicar este vírus sem uma vacina não vai funcionar”.