Paulista que faleceu no desabamento em Pipa deixou emprego para viver junto à natureza

Um casal e o seu filho estavam na sombra de uma falésia na Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte, nesta terça-feira (17), até o momento em que parte do rochedo se desprendeu e os soterrou.

Eram o paulista de Jundiaí Hugo Mendes Pereira, a potiguar Stela Souza e o filho deles de sete meses, chamado Sol.

Ainda não se sabe precisar as causas do desmoronamento, o que está sobre investigação das autoridades locais.

Em uma rede social, Hugo registrou um pouco da sua história:

Conforme publicado pela CNN, há cinco anos, ele tinha um trabalho estável e bem remunerado no empresa América Móvil, grupo proprietário da Claro, Net e Embratel. “Sair parecia loucura, saí pela porta da frente e deixei aberta”, lembrou.

Desde então, afirmou Hugo, passou por cinco continentes e 24 estados do Brasil. Chegou à Pipa quando sua cachorrinha, Brisa, de quase 14 anos, adoeceu. Quando ela, enfim, morreu, ele disse que a viagem perdeu o sentido. “Fiquei muito triste, me senti fraco e impotente”, escreveu.

No entanto, para ele, a morte do animal ganhou sentido depois de um ano. “Ela me trouxe até aqui [Pipa] e aqui me apaixonei como nunca”, narrou. “E desse amor surgiu uma nova vida, nosso filho”.

Em julho, eles escreveram que, por conta da pandemia, a pousada voltaria a abrir para visitantes em dezembro.

“Hoje, eu ganho menos de 1/4 do que 5 anos atrás”, contou Hugo nas redes sociais. “Incrível como vivo mais que o dobro. A vida não é matemática. Mas uma coisa é certa, o tempo não volta”.






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