Papa afirma já ter assinado renúncia para o caso de problema de saúde grave

Este é o mês em que o Papa Francisco completa 86 anos. O aniversário foi ontem, dia 17 de dezembro, ocasião festiva em que ele surpreendeu a todos com uma revelação de algo que certamente ocorreu há muitos anos. Ele afirmou que já assinou e entregou a sua renúncia, para o caso de algum problema de saúde o impedir exercer suas funções:

“Já assinei minha demissão. Era Tarcísio Bertone o secretário de Estado. Assinei e disse a ele: – Em caso de impedimento por motivos médicos ou sei lá o quê, aqui fica a minha demissão. Eles já têm.” Não sei a quem o Cardeal Bertone entregou, mas eu enviei quando ele era secretário de Estado.”

A declaração foi dada em entrevista publicada no dia de hoje pelo jornal espanhol ABC e reportada pela UOL. O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é 266º Papa da Igreja Católica, eleito para o cargo em março de 2013.

Ele afirmou que entregou a carta a Bertone, o que nos faz presumir que, como este ficara no cargo de secretário de Estado do Vaticano até outubro daquele ano(2013), certamente a carta foi entregue no mesmo ano da sua eleição.

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O Papa, já com idade avançada, sofre de intensas dores que sente no joelho direito devido a uma artrose que afetou o ligamento, o que o levou a ter que andar de cadeira de rodas em março deste ano. Na ocasião, ele afirmou:

“Tenho um ligamento rompido, farei algumas infiltrações e vamos ver. Estou assim há algum tempo. Não posso caminhar”.

Francisco também tem problemas crônicos nos nervos ciáticos, que costumam provocar fortes dores intensas e já passou por cirurgia para aliviá-las.

A entrega da renúncia ocorre para que a Igreja não fique sem liderança caso ele fique impossibilitado de exercer suas funções e talvez já sequer consiga assiná-la por questão de saúde. Isso traria um impasse à Igreja Católica e levar a efeito a renúncia seria a melhor solução, na visão de Francisco.

Embora exista divergência sobre quantos Papas já renunciaram no curso da história, a renúncia de 3 deles, ao menos, é incontestável: Ponciano, Celestino V e Gregório XII.






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