Muitos pais têm retirado seus filhos do assento elevatório do carro antes do momento ideal, colocando em risco a segurança das crianças.
Um estudo recente realizado pela Safe Kids Worldwide revelou que quatro em cada cinco pais cometem esse erro, o que aumenta significativamente as chances de ferimentos graves em caso de acidentes.
O uso adequado do assento elevatório é crucial para garantir que o cinto de segurança seja ajustado corretamente no corpo da criança, protegendo-a de forma eficaz em qualquer situação de risco.
O principal objetivo do assento elevatório é garantir que a criança fique em uma altura adequada para que o cinto de segurança passe corretamente sobre os quadris, peito e ombros.
Dessa maneira, o cinto absorve o impacto em casos de frenagem brusca ou colisão, prevenindo que a criança sofra ferimentos graves.
No entanto, muitos pais subestimam a importância desse ajuste e retiram o assento cedo demais, acreditando que seus filhos já podem usar o cinto de segurança como adultos.
Torine Creppy, presidente da Safe Kids Worldwide, destaca que “assentos elevatórios salvam vidas e previnem ferimentos sérios, mas só funcionam se forem usados corretamente”.
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Segundo Creppy, um dos maiores problemas é que muitos cuidadores não verificam se a criança está pronta para deixar o assento antes de fazer a transição para o cinto de segurança tradicional.
A legislação brasileira exige o uso do assento de elevação até os 10 anos de idade ou até que a criança atinja 1,45 metros de altura. Pesquisas mostram que o uso adequado do assento pode reduzir em até 45% o risco de ferimentos graves em comparação com o uso apenas do cinto de segurança. No entanto, o estudo revelou que muitos pais não seguem essa orientação, expondo seus filhos a perigos evitáveis.
Outro dado preocupante do estudo é que 30% dos pais admitiram que não utilizam o assento elevatório ao dirigir carros compartilhados, e muitos também relataram ter visto outros motoristas ignorando essas regras de segurança ao dar caronas para crianças.
Essas atitudes imprudentes podem ser fatais, especialmente em crianças que ainda não têm o tamanho adequado para usar o cinto de segurança sem o assento.
Para garantir que a criança está pronta para abandonar o assento elevatório, especialistas recomendam um teste simples de ajuste. A criança deve conseguir dobrar os joelhos na borda do banco, enquanto suas costas e bumbum estão bem encostados no assento.
Além disso, os pés devem tocar o chão, e o cinto de segurança precisa passar corretamente sobre os quadris ou parte superior das coxas, e sobre o peito e ombro, sem ficar no rosto ou pescoço.
Outra dúvida comum dos pais é sobre o uso de assentos com ou sem encosto. Segundo a organização Criança Segura Brasil, a escolha depende da altura e do porte da criança. O encosto pode ser benéfico para crianças menores, garantindo que fiquem corretamente posicionadas no banco.
Além disso, o encosto oferece um apoio extra para a cabeça e o pescoço, especialmente quando a criança dorme durante o trajeto, prevenindo que a cabeça caia para frente.
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