TikTok, a rede social das dancinhas – com certeza você já ouviu falar nela deste jeito mesmo. A plataforma social chinesa conta com mais de 100 milhões de usuários na América Latina e espera-se que chegue a 136,1 milhões ainda em 2022, um crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior.
Acredita-se que o Brasil detenha 74 milhões de usuários do aplicativo – o que faria do país o segundo colocado mundial em número de usuários, perdendo apenas para a China, terra natal da Bytedance, detentora da plataforma. Influencers brasileiros despontam aos montes na plataforma, produzindo todo tipo de conteúdo, ao contrário do que se imagina, a rede pode ir muito além das dancinhas que fizeram sua fama, e é nisso que a Bytedance vem mirando, com sua expansão para o e-commerce.
Apesar das dancinhas serem responsáveis pelo grande sucesso da rede social, o conteúdo presente nela vai além disso – muita gente usa a plataforma para discutir seus interesses ou buscar inspiração criativa, compartilham-se dicas fitness, receitas, conteúdo educativo, criam-se comunidades em tornos de jogos MMORPG (dentre outros), as possibilidades são tão diversas quanto o público que compõe a rede.
Até o momento, o TikTok não conta com monetização no país, diferente do YouTube – mas sua popularidade e número crescente de visualizações acaba por abrir portas para seus criadores de conteúdo e influenciadores, chamando a atenção de empresas que querem se aproximar de determinado público. A forma como a plataforma funciona também ajuda na sua viralização: é fácil encontrar conteúdo interessante ao navegar por suas hashtags, por exemplo, além do que, o formato típico de vídeos curtos garante que não haja uma “briga” pela atenção do consumidor.
Uma das funções de destaque da plataforma que logo começou a ser copiada pela concorrência é a aba “Para você”, onde os usuários passam a maior parte do tempo – o algoritmo próprio recomenda conteúdo com base nos seus interesses e atividade, com o feed personalizado para cada usuário.
De acordo com pesquisa da Opinion Box, 82% dos usuários do TikTok acessam o aplicativo ao menos uma vez ao dia – 62% usam o aplicativo em busca de conteúdos voltados ao entretenimento, e 42% afirma buscar por vídeos de marcas e empresas pelas quais se interessam, um número que salta aos olhos das organizações que buscam investir no app e que certamente afetou a decisão da própria Bytedance em expandir seu e-commerce para além da Ásia, onde já opera o TikTok Shop.
O TikTok Shop é uma espécie de marketplace que opera dentro do aplicativo, facilitando transações – em 2021 a plataforma já operava com lives de vendas na China, onde apresentadores demostravam ao vivo o uso de determinados produtos, em um programa onde cada venda rendia um percentual ao criador de conteúdo, um modelo de negócios promissor. Estuda-se também uma maneira de empresas adquirirem espaço de publicidade de forma direta na plataforma, sem a necessidade de atravessadores.
Recentemente, a empresa anunciou a integração com e-commerces no Brasil, visando repetir o sucesso comercial que tiveram em outros lugares – são diversas plataformas para compra e venda de produtos que passam a integrar o TikTok, além de outras mudanças dentro do sistema de anúncios do próprio app para acomodar formas de pagamento tipicamente brasileiras, como o PIX.
As mudanças vêm acompanhadas de uma estratégia de marketing agressiva, que busca cimentar o app como parceiro de negócios viável para outras empresas, incluindo o lançamento de um guia para pequenas e médias empresas prosperarem dentro do TikTok – com direito a um programa de embaixadores, pessoas que obtiveram sucesso no TikTok e compartilharão suas histórias de forma a inspirar outros empreendedores.
Tendo em vista os crescentes números em sua base de usuários, uma fórmula que não parece cansar e uma dedicação real à expansão de sua operação no Brasil (e na América Latina como um todo), parece que investir no TikTok não será coisa para poucos desbravadores e sim a norma – cada vez mais o aplicativo ruma para ser uma potência para aqueles que buscam alavancar seus ganhos na rede, e não é por nada que a concorrência vem tentando emplacar iniciativas semelhantes.
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