Segundo Consuelo C. Casula, autora do livro Metáforas Para a Evolução Pessoal e Profissional, “A definição de metáfora é a de uma história que contém em seu interior múltiplas mensagens com potencial para estimular o processo criativo, não somente em quem constrói e narra, mas também em quem a ouve. A história contida na metáfora e as mensagens nela presentes, permanecem na memória do ouvinte e continuam a estimular reflexões e dúvidas e a gerar efeitos evolutivos e mudanças. Ela funciona porque fala ao inconsciente usando uma linguagem universal e porque apresenta um mundo de possibilidades”.
Lendo os Evangelhos deparamos com Jesus utilizando diversas metáforas, também chamadas de parábolas. O uso era para facilitar a compreensão da mensagem. Por isso, dos mais simples aos letrados entendiam o que ele queria ensinar. Isso atraía multidões para ouvi-lo.
Em minha vida tenho exercido a missão de pregador, professor, conferencista, terapeuta e, em todas essas funções, usei das metáforas para auxiliar na comunicação daquilo que as pessoas buscam. É muito gratificante ouvir o fiel, que ouviu a pregação, dizer: “Aquela história trouxe a resposta ou a solução para o meu problema…”. O estudante dizendo: “Nossa, professor! Essa história mexeu comigo”. O ouvinte da palestra comentando: “A história me deu uma luz nova e mexeu comigo!”. O cliente ao sair da terapia: “Essa história vai me ajudar muito!”. Como o catequista que aprendeu no curso de metáforas, como utilizá-las na catequese, volta radiante dizendo o quanto foi diferente o Encontro e a riqueza nas mensagens que cada catequisando levou para sua vida. Ouvir o ministro da Palavra, que também participou de um curso sobre metáforas, me dizendo, do quanto sua pregação foi facilitada pelo uso das histórias.
Portanto, as metáforas possuem, de fato, um poder para preencher as lacunas da linguagem, amplia o discurso, age poderosamente no inconsciente.
Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um vaga-lume que só vivia para brilhar.
Ele fugia rapidamente, com medo da feroz predadora, e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada…
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:
– Posso fazer-lhe três perguntas?
– Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou comer você mesmo, pode perguntar…
– Pertenço à sua cadeia alimentar?
– Não.
– Te fiz alguma coisa?
– Não.
– Então, por que você quer me comer?
– Porque não suporto ver você brilhar…
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