Relacionamentos

O melhor da vida não é estar apaixonado, é estar tranquilo

Traduzido e adaptado por Psicologias do Brasil de La Mente es Maravillosa

Com o tempo, muitas vezes descobrimos que o melhor estado de vida não é estar apaixonado, mas estar calmo. Somente quando uma pessoa consegue encontrar o equilíbrio interior onde nada é deixado e nada está faltando, é quando ela se sente mais preenchida do que nunca. O amor pode aparecer então se quiser, embora não seja obrigatório.

É curioso como a maioria das pessoas ainda tem como principal objetivo encontrar o parceiro perfeito. Uma vez que temos mais aplicativos em nossos dispositivos móveis para facilitar essas pesquisas. Também não há escassez de programas clássicos de televisão em horário nobre voltados para o mesmo fim. Procuramos neste vasto oceano sem antes termos feito uma jornada essencial: a do autoconhecimento.

O fato de não ter feito essa peregrinação necessária através do nosso interior se aprofundando em lacunas e necessidades, às vezes acabamos escolhendo companheiros de viagem imprudentes. Relacionamentos efêmeros que se instalam na solidão de nossos travesseiros, tão cheios de sonhos desfeitos e lágrimas sufocadas.

Tanto é assim que há muitas pessoas que passam grande parte do seu ciclo de vida pulando de pedra em pedra, de coração em coração, armazenando decepções, amargura e decepções. No meio deste cenário, como Graham Greene disse em seu romance “O fim do romance”, só temos duas opções: olhar para trás ou olhar para frente.

Se o fizermos da mão da experiência e da sabedoria, tomaremos o caminho certo: o do interior.

O melhor estado de vida é estar calmo
Tranquilidade não é de forma alguma a ausência de emoções. Nem implica qualquer renúncia ao amor ou aquela paixão que nos dignifica, aquilo que nos dá asas e também raízes. A pessoa calma não evita nenhuma dessas dimensões, mas ele as vê dessa perspectiva, onde se sabe muito bem onde estão os limites, onde aquela temperança que, como um farol na noite, ilumina nossa paz interior.

Vivemos em uma cultura de massa onde somos instados a procurar um parceiro como se, dessa maneira, pudéssemos finalmente alcançar a desejada auto-realização. O melhor estado do ser humano não é, portanto, amar até ser anulado.

Não é dar tudo até que nossos direitos vitais sejam obscurecidos apenas pelo medo insondável de estar sozinho. O melhor estado é estar calmo, com uma harmonia interna adequada, onde não há espaço para apegos desesperados ou idealizações impossíveis.

Como encontrar tranquilidade interior
Antoine de Saint-Exupéry disse uma vez que o campo da consciência é limitado: só aceita um problema de cada vez. Esta frase contém uma realidade óbvia. As pessoas acumulam em nossa mente infinitos problemas, objetivos, necessidades e desejos. O curioso disso tudo é que algumas pessoas passam a acreditar que o amor resolve tudo, que é aquele bálsamo multiuso que resolve tudo, que tudo ordena.

No entanto, antes de se jogar no vácuo na esperança de ter sorte no amor, é melhor ir pouco a pouco. O primeiro será encontrar aquela calma, aquela tranquilidade interior onde reorganizamos nossos enigmas pessoais para adquirir força e temperança. Vamos refletir agora sobre uma série de dimensões que podem nos ajudar a alcançar isso.

Chaves para encontrar o equilíbrio interno
Quer acreditemos ou não, ao longo deste ciclo de vida, este momento sempre virá. Aquele momento em que dizemos a nós mesmos “quero calma, quero encontrar meu equilíbrio interior” para ficar calmo. É uma maneira excepcional de promover nosso crescimento pessoal e alcançá-lo, nada melhor do que promover essas mudanças. A primeira coisa que faremos é aprender a discriminar quais as relações que temos neste presente não são satisfatórias.

Ninguém pode achar que ansiava por tranquilidade se tem um elo prejudicial entre esses laços familiares, amizade ou trabalho. O segundo passo é tomar uma decisão essencial: deixar de ser vítimas.

De certa forma, todos nós estamos em algum aspecto: vítimas desses vínculos prejudiciais anteriormente referenciados, vítimas de nossas inseguranças, obsessões ou limitações.

Devemos ser capazes de reprogramar atitudes para nutrir a coragem de derrubar todas essas cercas. Uma vez que os dois passos anteriores tenham sido alcançados, é necessário chegar a um terceiro e maravilhoso passo.

Devemos ter um propósito, uma determinação clara e definida: ser feliz. Temos que cultivar essa felicidade simples na qual, finalmente, nos sentimos bem pelo que é, pelo que tem e pelo que alcançou.

Essa complacência nutrida pelas raízes do amor-próprio nos trará, sem dúvida, um grande equilíbrio.As pessoas em cujo coração o equilíbrio respira e cuja mente vive em tranqüilidade, não vêem o amor como uma necessidade ou como um desejo desesperado.

O amor não é algo que vem para resgatá-los, porque a pessoa calma não precisa mais ser salva. O amor é um precioso tesouro que se encontra e que decide, por sua própria liberdade e vontade, cuidar dele como a mais bela dimensão do ser humano.

TEXTO TRADUZIDO E ADAPTADO DE LA MENTE ES MARAVILLOSA

Revista Pazes

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