O filme mais bonito, cruel e perturbador de 2024, até agora, acaba de estrear na Netflix
O filme mais bonito, cruel e perturbador de 2024, até agora, acaba de estrear na Netflix

Kissufim, um dos filmes mais impactantes e sensíveis de 2024, chega à Netflix em um momento em que a realidade parece imitar a ficção de maneira assustadora.

Gravado antes dos trágicos acontecimentos de outubro de 2023, quando ataques terroristas do Hamas resultaram na morte de 1.200 civis na Faixa de Gaza, o filme dirigido por Keren Nechmad explora, de forma brutal e poética, os conflitos profundos que assolam a região.

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Com uma narrativa que, ironicamente, antecipa a barbárie do Oriente Médio, Kissufim não se propõe a ser um documentário sobre os eventos atuais, mas sim uma obra de ficção que revela as camadas de ódio e dor enraizadas nesse território conturbado.

A história se passa em 1977, ano marcante pela visita de Anwar Sadat, presidente do Egito, a Jerusalém, em uma tentativa frustrada de avançar no processo de paz árabe-israelense.

É nesse cenário que a diretora nos apresenta Eli, uma jovem soldado interpretada por Swell Ariel Or, que serve na comunidade agrária de Kissufim, no deserto de Negev.

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Nechmad, nascida em Tel Aviv, traz para a tela uma visão intimista do conflito, humanizando os personagens e focando nas emoções e esperanças que, apesar de tudo, persistem em meio ao caos.

O roteiro, coescrito por Hadar Arazi e Yonatan Bar-Ilan, evita mencionar diretamente eventos como o 11 de setembro, mas não há como ignorar as alusões aos traumas que moldaram a percepção mundial sobre a região.

O filme mergulha nas complexidades do conflito israelo-palestino, sem oferecer respostas fáceis, mas provocando reflexões profundas sobre a natureza da guerra e da paz.

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A fotografia de Ram Shweky merece destaque, especialmente na maneira como captura os olhos da protagonista, que carregam a esperança de todo um povo. Kissufim é uma obra que desafia o espectador a enxergar além das manchetes, apresentando um retrato doloroso e belo de uma das regiões mais conflituosas do planeta!

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.