Nasci numa casa com escada.
Aquela escada,
dizem,
nasceu antes da casa.
O seu motivo
era o de todas as escadas:
medo de sermos terra,
temor de lavas e monstros.
Alteada sobre os céus
a casa era mais que um ventre.
Era um farol.
Nesse farol sem mar,
me lembro chorando
sobre o primeiro degrau.
Chorar é lá fora, advertia o pai.
Lágrimas
murcham aquém da porta:
esse era o mando.
A proibição da lágrima
se somava ao interdito do chão:
medo dos rios,
das indomáveis enchentes.
Ainda hoje
uma voz antiga,
dentro de mim, incita:
aprende do pranto
o parto das fontes.
Sempre que chorares,
nascerás uma outra vez.
Mia Couto, Tradutor de chuvas
Abaixo, ouça esta bela declamação deste poema.
Um fenômeno solar de grande intensidade pode ocorrer em breve: o superflare, uma explosão energética…
Uma cena no mínimo inusitada aconteceu em um bar de Curitiba na última sexta-feira (13),…
Dezembro chegou, e com ele aquele clima de reflexão sobre o ano que passou e…
Dezembro chegou com aquele clima de férias, e nada melhor do que aproveitar para maratonar…
Imagine abrir um depósito e dar de cara com fitas inéditas de Michael Jackson?! Foi…
Amanda Levi, 23, e Hannah Knoppel, 21, pegaram seus pais de surpresa ao revelar, juntas,…