A Emater do Rio Grande do Sul começa a orientar os produtores da Fronteira Oeste do RS sobre uma possível chegada uma nuvem de gafanhotos que se aproxima e que poderá invadir a região, a depender de fatores climáticos, nos próximos dias.
Conforme publicação do G1, tais insetos foram do Paraguai, onde destruíram lavouras de milho, à Argentina, onde estão sendo monitorados pelo governo.
A nuvem tem aproximadamente um quilômetro quadrado e pode conter até 40 milhões de insetos. Essa quantidade de insetos pode consumir por dia o equivalentes ao que 2 mil vacas ou 350 mil pessoas comem, segundo o engenheiro agrônomo argentino Héctor Medina (ao G1). Isso pode danificar muito as lavouras.
Nas palavras do engenheiro o agrônomo da Emater de Uruguaiana, Daniel da Costa Soares: “Ainda não temos muita certeza do que vai acontecer, se eles vão entrar aqui ou não, mas já estamos conversando com produtores sobre o assunto”, diz.
“Não existe uma forma de prevenção, principalmente que seja segura ao meio ambiente e às pessoas. Não temos como criar uma barreira para impedir a chegada dos insetos”, diz. “Para quem tem estufa é mais fácil, estamos orientado a se ver alguma coisa, baixar a lona”, esclarece.
Para ele, um dos pontos favoráveis da região para o combate aos gafanhotos é o fato das plantações de arroz do ano já foram colhidas.
“O que eles poderiam causar danos aqui na cidade são nas plantações de citrus, olericultura, folhosas como alface, tempero, couve, hortaliças, pequenas propriedades. Eles tem predileção por graminhas, mas pelo que está sendo noticiado, com a fome que eles estão, vão comer o que ver pela frente”, diz.
O técnico do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), de Uruguaiana, Jackson Pintanel, diz que os produtores estão se reunindo para debater ideias sobre o assunto. “Ainda é muito recente. Não sabemos muita coisa. Os produtores estão apenas conversando por enquanto”.