Durante uma audiência pública que investiga a tragédia envolvendo o submersível Titan, novas imagens revelaram o impacto devastador da implosão que ocorreu em junho de 2023.
As imagens apresentadas pela Guarda Costeira dos EUA trouxeram à tona detalhes chocantes da embarcação, como sua parte frontal completamente destruída.
Esses destroços, localizados nas profundezas do oceano, são um sombrio lembrete das vidas perdidas naquela missão.
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Essa revelação recente inclui a exibição de partes como a vigia frontal e a porta do submersível, que foram localizadas a uma profundidade impressionante.
As imagens reforçam o cenário desolador, que já havia sido parcialmente exposto com o vídeo divulgado anteriormente em junho, onde o cone de cauda do Titan, com o logotipo da OceanGate ainda visível, apareceu em meio aos escombros submersos.
Além das imagens, a audiência trouxe à tona mensagens de texto enviadas pelos tripulantes do Titan para a equipe de apoio antes da tragédia.
Nessas comunicações, a tripulação relatava que tudo estava sob controle, mas pouco tempo depois a implosão ocorreu.
Esse detalhe lançou uma luz ainda mais sombria sobre os momentos finais dentro do submersível, aumentando a angústia das famílias e daqueles que acompanham o caso.
Um ponto de destaque na investigação foi o depoimento de David Lochridge, ex-funcionário da OceanGate, que desde 2018 já alertava sobre os riscos na construção do Titan.
Ele descreveu sua frustração ao não ser ouvido e criticou a gestão da empresa, especialmente o CEO Stockton Rush, que, segundo Lochridge, mantinha uma postura de controle excessivo e desconsiderava questões de segurança. Lochridge afirmou que a implosão poderia ter sido prevista e evitada, apontando diversas falhas no desenvolvimento do submersível.
Outras informações preocupantes também vieram à tona durante a audiência. O Titan, construído em 2020, era descrito como não registrado e sem certificação adequada, com várias irregularidades em sua estrutura.
O casco da embarcação nunca passou por inspeções externas, e um dado chocante revelou que algumas partes foram unidas com o uso de um adesivo em 2017. Além disso, foi relatado que o submersível sofreu um incidente envolvendo um raio durante testes em 2018.
A pressão para que o Titan estivesse pronto para expedições foi outro tema levantado. Tony Nissen, ex-diretor de engenharia da OceanGate, confirmou sentir uma grande cobrança para que o submersível fosse lançado ao mar.
Questionamentos sobre o processo de isenção dos passageiros também foram feitos, e Bonnie Carl, ex-diretora de RH da OceanGate, revelou que, embora soubesse da existência de uma isenção, nunca viu os passageiros assinarem qualquer documento oficial.
Com a audiência ainda em andamento, espera-se que novos detalhes venham à tona, trazendo mais clareza sobre as falhas operacionais e de segurança que culminaram nesta tragédia.
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