Budismo

Não se esqueça de quem estendeu a mão quando os outros só ofereceram desculpas

De Rincón del Tibet
Podemos acreditar que temos muitas pessoas em nossas vidas, mas apenas os momentos mais exigentes são aqueles que nos dão um bom filtro para distinguir aqueles que estão realmente dispostos a dizer: “presente”.

Muitas vezes podemos nos surpreender com as reações das pessoas ao nosso redor em diferentes fases de nossas vidas, tanto positiva quanto negativamente. Aquelas pessoas que acreditamos resultarão em nosso melhor apoio em tempos difíceis, são desculpas diluídas, em reivindicações, em ausências, enquanto aquelas que nem sequer consideramos chegam a nos emprestar todo o apoio que está ao seu alcance.

Obviamente, haverá aqueles que estão em conformidade com as nossas expectativas e localizados em nosso círculo de apoio e confiança, vão reagir de forma semelhante ao que esperamos.
O importante é fazer um registro, não para passar fatura para as pessoas com as quais não contamos, mas para dar o lugar que corresponde àqueles que nos procuraram, que embora não tenham feito isso com a intenção de serem pagos, podemos brindar-lhes com o nosso melhor.

É fácil estar perto quando as coisas correm bem, quando não precisamos de nada, ou de ninguém, quando temos recursos suficientes para superar obstáculos, mas quando nossas forças diminuem, quando caímos num buraco e não encontramos a saída, quando perdemos afeições que eram importantes, o suporte oportuno acaba sendo um barco de resgate no meio de um naufrágio.

Deveríamos ser gratos a quem quer que tenha a mão, porque sempre representará um esforço de sua parte, representará um investimento de tempo, dinheiro, energia, essa pessoa pode simplesmente investir em algo que não represente nenhum tipo de atrito. Pessoas ingratas tendem a supor que elas merecem todos os esforços apenas porque existem e acham difícil reconhecer os esforços de outras pessoas para contribuir para o seu bem-estar.

Aqueles que não têm a capacidade de reconhecimento ou gratidão, que só têm memória seletiva conforme sua conveniência, geralmente não são capazes de nutrir seus vínculos, girando o interesse daqueles que procuram ajudá-los, e estes estão se tornando cada vez menos.

Vamos usar os filtros que a vida nos oferece para valorizar aqueles que nos rodeiam, valorizando quem estava lá, porque é sempre mais fácil oferecer uma desculpa do que dar algo de nós mesmos. Vamos nos acostumar a lembrar as boas ações que recebemos, especialmente quando nos deram apoio, agradecemos, com nossas palavras e ações e semeamos em quem podemos tudo o que queremos receber na vida.

Texto livremente traduzido e adaptado pela equipe da Revista Pazes.

Revista Pazes

Uma revista a todos aqueles que acreditam que a verdadeira paz é plural. Àqueles que desejam Pazes!

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