Texto de Francisco Galarreta publicado originalmente em A Soma de Todos os Afetos
Um dia acordei e já não doía. O sentimento que estava lá até o dia anterior, já tinha sumido quando abri os olhos no dia seguinte. O que me deixava de cabeça baixa, me soltou para que eu pudesse caminhar de cabeça erguida.
É assim que o tempo funciona, quando menos se espera, a chama se apaga. Claro que não tem nada de bonito quando um sentimento morre, mas às vezes é necessário que isto aconteça.
Traição, humilhação, ser ignorada ou desvalorizada são coisas que ninguém gostaria de passar. Infelizmente, às vezes a pessoa que você gosta adquiriu um poder que lhe permite te tratar desta forma. Porém, como sempre dizem, não há mal que dure cem anos, mas pode demorar.
Esquecer um sentimento é um processo longo e de várias etapas, requer muito esforço e perseverança; deixar de stalkear a pessoa, citá-la menos vezes nas conversas com as amigas, ver menos o álbum de fotos e, se há insistência da parte dele, evitar encontrá-lo o máximo possível.
Assim, aos poucos a vontade de ver a pessoa vai enfraquecendo, a curiosidade por saber com quem está e onde passou o final de semana diminui. Quando se luta para deixar o passado no seu lugar, portas se abrem no presente para que pessoas cheguem e criem novas prioridades na sua vida.
Há aqueles que só conseguem deixar de gostar de uma pessoa quando começam a gostar de outra, mas eu chamo de liberdade quem consegue ficar um bom tempo sem gostar de alguém. Sendo do seu próprio universo, namorando consigo e deixando o mundo de lado por um tempo.
Nada é mais encantador do que ser dono de si mesmo. Poder ouvir, ler e pensar sobre o outro sem que isso te afete. Poder ignorar sem remorso e deixar para depois o chamado porque não está afim.
Saber que é possível superar um sentimento tão profundo, te torna uma pessoa forte. Deixar o passado no seu lugar, não apenas fisicamente, mas emocionalmente é uma proeza que só é possível adquirir com sofrimento, coragem e tempo, mas vale a pena.
Nada é mais libertador que saber que o mundo não acaba quando deixamos de gostar de alguém.
E que este mesmo mundo pode ser melhor e mais bonito assim.
Imagem de capa: Breslavtsev Oleg, Shutterstock
Todos os meses, a Netflix renova seu catálogo, trazendo novos filmes e removendo títulos que…
Alguns filmes conseguem capturar o lado mais humano de nossas experiências e, ao assisti-los, somos…
Algumas imagens têm um jeito curioso de despertar em nós diferentes percepções e até revelar…
Às vezes, um simples teste visual pode nos surpreender, trazendo à tona aspectos inesperados sobre…
A série Vermelho Carmesim chegou à Netflix e conquistou o público, entrando no top 10…
A Netflix acaba de lançar a minissérie Os Quatro da Candelária, uma produção brasileira que…