Atualidades

Mulher simula pedido de açaí por telefone para denunciar violência doméstica à polícia

Um pedido de açaí. Essa foi a forma encontrada por uma mulher para contatar a polícia e denunciar, veladamente, que era vítima de violência doméstica. O caso aconteceu no último sábado, no RS, quando a Brigada Militar recebeu um pedido de açaí.

De acordo com o soldado da Central de Atendimento do Departamento de Comando de Controle Integrado da Capital, Danilo Garcia, o telefone tocou por volta das 7h. Veja abaixo a reprodução da ligação, que a RBS TV teve acesso.

Atendente: Bom dia, Soldado Garcia, qual sua emergência?
Vítima: Queria um açaí.
Atendente: Não entendi…
Vítima: Ah eu queria um açaí
Atendente: A senhora ligou pro 190, para a Brigada Militar
Vítima: Eu sei, eu sei…
Atendente: Mas tá ocorrendo alguma coisa aí senhora?
Vítima: Sim, eu queria um açaí
Atendente: A senhora tá sendo agredida?
Vítima: Sim, eu queria um açaí moço…
Atendente: Vou informar ao batalhão da área, tá bom?
Vítima: Tá.

“No momento disso eu já comecei a pegar o endereço dela. Após pegar o endereço dela, ela estava no telefone e tinha alguém próximo dela e deu pra ver que eles estavam em atrito e aí a gente confirmou que era um pedido de socorro e através disso já enviei para o batalhão da área e eles enviaram uma viatura no local e constataram que era um agressão”, conta o soldado.

A mulher tinha sofrido tapas e empurrões do companheiro.

“Ela relatou justamente que houve esses empurrões e esses tapas assim não houve desdobramentos mais graves porque justamente ela teve iniciativa de recorrer e ligar pra BM e solicitar atendimento no primeiro momento, primeiro estagio de violência doméstica que é justamente o que nós orientamos que a vítima faça”, diz a delegada da Delegacia da Mulher de Porto Alegre, Jeiselaure Rocha de Souza ao site G1.

Um caso similar ocorreu recentemente na cidade de Andradina, em São Paulo, onde a mulher ligou para a PM para solicitar uma pizza. O atendente compreendeu a situação e o agressor foi, assim como no caso acima, preso em flagrante.

É muito útil que as mulheres compreendam que é neste primeiro estágio de agressão que a política deve ser acionada. É importante também que as mulheres saibam que os atendentes policiais estão preparados para compreenderem a situação de emergência mesmo que a fala esteja dissimulada.

Espalhe este conteúdo para que mais mulheres se informem sobre isso.

Com informações do G1

Revista Pazes

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