Foi através da educação que Carlos Ulisses Gomes, de 57 anos, conseguiu emprego e moradia após anos vivendo em situação de rua.
Carlos perdeu muito na vida, mas jamais o entusiasmo pela leitura e pelo aprendizado.
Por quase três décadas ele trabalhou como técnico em mecânica, tendo sido admitido em grandes empresas do setor de construção civil, como Odebrecht, Camargo Correia e Queiróz Galvão.
Devido à crise econômica e, logo depois, a pandemia de Covid-19, Carlos perdeu o emprego. Sem qualquer fonte de renda, se viu obrigado a morar nas ruas, mais especificamente na marquise do prédio da Defensoria Pública do Estado, no Centro do Rio de Janeiro (RJ).
Após dois anos vivendo na condição de sem-teto, ele comemora seu recomeço incentivado por um projeto social – agora, quer inspirar outras pessoas a nunca desistirem.
Carlos resume como ‘cruel’ a experiência de ter vivido como desabrigado. “Foi uma experiência e um aprendizado que não desejo para o pior inimigo”, disse.
Ele foi despejado de casa em 2019, época em que a empresa na qual trabalhava virou alvo da Operação Lava Jato.
Sem qualquer oportunidade de trabalho, Carlos viu sua vida virar de cabeça pra baixo: antes recebia um salário de R$ 10 mil por mês – de repente, se virava com R$ 40 por dia, quantia adquirida com muito sacrifício catando e vendendo latinhas nas ruas da capital carioca.
Nesse meio-tempo, assegura nunca ter se envolvido com drogas, nem o crime. Sua maior força para enfrentar o dia a dia degradante vinha dos livros, que sempre carregava consigo.
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Tudo mudou – para melhor – na vida de Carlos quando ele conheceu os voluntários do projeto ‘Amor de Rua’, iniciativa que busca auxiliar indivíduos sem-teto na reinserção social.
Graças a esse projeto, o ex-técnico em mecânica saiu das ruas e foi morar em uma quitinete na Lapa. O pequeno imóvel está sendo custeado pelo projeto até que Carlos consiga um lar definitivo.
Pouco depois, ganhou um emprego. Em breve, Carlos irá se mudar para Santo André, em São Paulo, onde fica a empresa que o contratou.
“Aqui ninguém sabe que vim das ruas. Não escondo, mas não exponho. Consegui a vaga pelos meus méritos”, afirmou.
Felizmente, a relação com sua família – sempre distante, – também mudou: Carlos se reaproximou da irmã e garante que logo que estiver completamente estabilizado, vai procurar os dois filhos.
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Ciente da importância dos trabalhos sociais e do voluntariado, Carlos se juntou ao pessoal do Amor de Rua.
Seu principal objetivo no projeto é incentivar outras pessoas em vulnerabilidade e gerar oportunidades para elas também.
“Quero mostrar para eles (ex-companheiros de rua) que da mesma forma que Deus me abençoou, eles também podem ser abençoados”, concluiu.
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