Autor moçambicano mais traduzido da história do país africano vai ler e comentar “Antes de nascer o mundo”, livro escolhido pelo público no Twitter
O escritor moçambicano mundialmente premiado Mia Couto vem ao Brasil no dia 12/04 para participar do encontro de abril do Clube de Leitura CCBB 2023, no Rio de Janeiro. Mia vai ler e comentar trechos de “Antes de nascer o mundo”, livro escolhido pelo público no Twitter do CCBB RJ (ccbb_rj). O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil e tem curadoria e apresentação de Suzana Vargas.
Privilegiar a presença dos escritores numa programação com caráter internacional, convidando não somente os grandes autores da literatura brasileira contemporânea como os escritores de países lusofalantes – entre eles Moçambique, Angola e Portugal – está entre os objetivos do Clube de Leitura CCBB 2023.
“Mia Couto é, sem dúvida, um dos mais representativos autores lusófonos, com obra vastíssima, premiado, e com grande quantidade de leitores no Brasil. Certamente todos se sentirão privilegiados quando, no Clube, puderem estar frente a frente com essa grande personalidade da África. Romancista, contista, ensaísta e poeta , Mia é também um ativista das causas sociais e ambientais . Uma presença necessária é imperdível entre nós”, declara Suzana Vargas.
O encontro acontecerá no dia 12 de abril, às 17h30, na Biblioteca Banco do Brasil, no 5º andar do CCBB RJ, com entrada gratuita. A convidada virtual da vez é a escritora Stella Maris Rezende, que fará perguntas à Mia Couto por um telão.
O primeiro encontro foi realizado no dia 8 de março, com uma homenagem à Nélida Piñon feita por Antônio Torres, Lilian Fontes e Ana Maria Machado. A gravação do evento foi disponibilizada na íntegra, no YouTube do Banco do Brasil.
Os encontros do Clube acontecem no Salão de Leitura da Biblioteca Banco do Brasil, localizada no quinto andar do CCBB Rio, até dezembro, sempre na segunda quarta-feira de cada mês, com entrada gratuita, mediante retirada dos ingressos na bilheteria do CCBB RJ ou pelo site bb.com.br/cultura, no próprio dia do evento. A mediação é da curadora Suzana Vargas e o microfone é aberto para a plateia nos 30 minutos finais dos encontros. A gravação integral é disponibilizada no canal do Banco do Brasil no YouTube, na semana seguinte ao evento.
A Biblioteca Banco do Brasil foi fundada em 1931, voltada para as áreas de Administração, Finanças e Economia. Com a criação do Centro Cultural, em 1989, o acervo foi ampliado para as áreas de Artes, Literatura e Ciências Sociais e hoje possui mais de 200 mil exemplares, em constante atualização, ocupando todo o quinto andar deste prédio centenário.
Mia Couto nasceu em 1955 na cidade da Beira, província de Sofala. Viveu nessa cidade até aos 17 anos, quando foi para Lourenço Marques para estudar Medicina. Interrompeu o curso para iniciar uma carreira jornalística que se prolongou até 1985. Por iniciativa dele, voltou à Universidade para estudar Biologia e terminou o curso em 1989. Publicou mais de 30 livros que estão traduzidos e editados em 30 diferentes países. Os seus livros cobrem diversos gêneros, desde o romance, à poesia, dos contos ao livro infantil. Recebeu dezenas de prêmios na sua carreira, incluindo – por duas vezes – o Prêmio Nacional de Literatura, o Prêmio Camões e o Neustad, considerado o Nobel norte-americano.
No ano de 2016 foi finalista de um dos mais prestigiados prêmios internacionais, o Man Booker Price. O seu romance Terra Sonâmbula foi considerado por um júri internacional reunido no Zimbabwe como um dos 10 melhores livros africanos do século 20. É membro da Academia Brasileira de Letras. No ano de 2020, com a trilogia As areias do Imperador, ganhou internacionalmente o prestigiado Prémio de Literatura Jan Michalski. Em janeiro de 2021, também com a trilogia As areias do Imperador, foi laureado na França com o Prémio Albert Bernard.
É casado com a médica Patrícia Silva e tem três filhos, todos eles vivendo e trabalhando em Maputo.
SOBRE O CCBB RJ – Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB está instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva. Marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro, o Centro Cultural mantém uma programação plural, regular e acessível, nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. O prédio dispõe de 3 teatros, 2 salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 200 mil exemplares. Os visitantes contam ainda com restaurantes e cafeterias e loja, e serviços com descontos exclusivos para clientes BB. O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de segunda a domingo, das 9h às 21h, no domingo, das 9h às 20h, e fecha às terças-feiras. Aos domingos, das 8h às 9h, o prédio e as exposições abrem em horário de atendimento exclusivo para visitação de pessoas com deficiências intelectuais e/ou mentais e seus acompanhantes, conforme determinação legal (Lei Municipal nº 6.278/2017).&&&
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