À Academia CBN, Mario Sergio Cortella faz uma reflexão sobre a agonia restante, o momento decisivo.
Aqui, destaca uma frase de Shakespeare, que diz: ‘Ainda não é o pior / Enquanto pudermos dizer: ‘Isto é o pior”. Confira seu ensaio completo abaixo:
Pensar menos faz bem, então vamos pensar um pouco sobre a agonia restante.
O evento decisivo, momentos em que dizemos: ‘bom, mas a vida segue’. Mas segue como? Segue até quando? Segue de que maneira?
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Será que nós já chegamos ao que seria, de fato, um momento mais decisivo, aquilo que se chama de ‘fundo do poço’, que por estranho que pareça, dá algum alento, afinal, se é o fundo, a partir daí a perspectiva é um incremento para melhor.
Ou de fato é apenas uma agonia restante? Todos os tempos e momentos nós pensamos que isso ‘é o pior que a gente poderia ter chegado’, mas parece que esse pior se coloca no patamar futuro, e não numa constatação imediata.
Dá pra pensar um pouco a partir do que escreveu William Shakespeare, numa tragédia dele que foi publicada em 1606, mas concluída em 1605.
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A inacreditavelmente boa, famosa ‘Rei Lear’, ali no quarto dos cinco atos dessa obra, escreveu Shakespeare: “Ainda não é o pior, enquanto pudermos dizer ‘isto é o pior'”. Veja a análise do autor…
E quando a gente vê aquilo que nos assola, no campo da nossa insegurança sanitária, na saúde, nas questões da política, nos meandros da democracia, ou das ameaças à ela, vale sim, recuperar essa ideia shakesperiana absolutamente expressiva. “Ainda não é o pior, enquanto pudermos dizer ‘isto é o pior'”. É tempo para o conhecimento!
Fonte: CBN
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