Publicado originalmente em Aleteia
José Fernando Santos de Souza, 58, é juiz da Vara Regional da Infância e Juventude de Caruaru, em Pernambuco. Paraibano de João Pessoa, ele foi entregue para adoção em uma praça, dentro de uma caixa. Hoje o magistrado testemunha:
“A adoção ainda é o grande caminho, que pode abrir horizontes para alguém que não era nada, que não tinha nada na vida, e hoje é um juiz de direito, com muito orgulho, como eu”.
Entrevistado pelo portal G1, o juiz José Fernando relatou:
“Ela [a mãe biológica] resolveu me levar para uma praça pública. Ela me colocou em uma caixa, não sei se de sapato. Passavam algumas pessoas e ela ficava me oferecendo. Passou uma senhora que conhecia minha mãe do coração, falou para ela da criança, e ela foi lá e me pegou”.
Os pais adotivos eram um sargento da Polícia Militar e uma dona de casa. Eles levaram o bebê para o interior da Paraíba e o registraram como filho. O menino só foi conhecer a própria história aos 6 anos, quando começou a estudar.
“Tivemos uma vida muito humilde, muito sacrificada. A casa em que eu morava era simples, tinha apenas um corredor, não tinha geladeira… Mas eu fui criado com muito amor e muito carinho”.
Hoje casado e pai de três filhos (dois advogados e uma médica), José Fernando conta que a inspiração para os estudos veio do pai:
“Meu pai, como militar, me criou com muito rigor. Ele me dizia: ‘Meu filho, seu amigo sou eu, enquanto vida eu tiver. Depois seu amigo vão ser seus estudos’. Não tem outra fórmula para uma pessoa ser alguém na vida sem ser por meio dos estudos. Se o nosso país tivesse investido na educação, com certeza, dentro de 20 anos, teríamos outro Brasil”.
Sobre a mãe biológica, ele afirma não ter guardado ressentimentos, mas sim compreensão e empatia:
“Ela teve uma atitude nobre, altruísta. Muitas mães, em vez de maltratarem, seria melhor que tivessem tido a atitude dessa mulher”.
E sobre as possíveis famílias adotivas, ele observa:
“Muitas pessoas têm certo receio de adotar, falando que essas crianças podem vir com problemas de ordem genética, que elas podem ser filhas de um ladrão… Mas não tem nada disso. A própria Bíblia diz que, no momento em que você acolhe alguém, você pode estar acolhendo um anjo em sua casa”.
Juiz por vocação
José Fernando é juiz desde 1994.
“É uma coisa que eu gosto de fazer. O conselho que eu sempre dou é: não façam nada pelo dinheiro, façam porque vocês gostam”.
De fato, seu pai queria que ele também fosse militar. José Fernando até fez concurso para a Polícia Militar, mas não foi aprovado. Ele avalia que Deus tinha para ele “outros horizontes, outros caminhos”.
Sua própria trajetória tornou natural que ele escolhesse a Vara de Infância e Juventude, onde é responsável por 16 cidades na área de adoção.
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