Texto de Sara Espejo publicado originalmente em Rincón del Tibet
Todos nós temos personalidades diferentes e, dentro da grande variedade de pessoas que podemos encontrar em nosso caminho, se destacam aqueles com uma arte especial para despertar em nós algo que gostaríamos que permanecesse dormindo.
Obviamente, essas pessoas são muito úteis para o nosso autoconhecimento, devemos prestar atenção especial para aquilo que nos faz explodir, que nos chama poderosamente a atenção, que conduta parece inaceitável no outro, porque são esses pontos os que devemos rever em nós mesmos.
Aquilo que nos ofende é apenas o que realmente nos pertence. No entanto, não vamos direcionar essa questão ao que devemos fazer no nível da introspecção ou do autoconhecimento, ainda que deixemos aqui algumas sugestões nesse sentido.
Daremos algumas pistas que nos ajudarão a manter a paz com as pessoas que têm a capacidade de nos fazer perder a cabeça e, muitas vezes, nos controlar. Porque, embora seja verdade que isso representa uma possibilidade de aprendermos algo sobre nós mesmos, também o é o fato de que não precisamos nos expor a situações que nos levem aos limites, se não nos sentimos confortáveis.
Não nos tornaremos indolentes, mas inteligentes e filtraremos eficientemente a que estímulo reagiremos.
Para isso, devemos lembrar o seguinte:
A chave para a nossa paz não deve ser colocada no bolso de outra pessoa.
Ninguém tem o direito de depositar seus resíduos em nós.
Podemos nos limitar a ouvir sem reagir.
Temos o poder de nos retirar sem dar mais explicações sobre qualquer lugar em que nos sentimos desconfortáveis.
Somos livres para interromper qualquer diálogo que sentimos estar nos levando a uma zona limítrofe.
Muitas vezes as pessoas provocativas desfrutam de suas criações, por isso não é positivo deixá-las saber os efeitos que elas provocam em nós, se eles já não foram evidentes.
Subtrair importância das palavras e ações, não fingir, mas realmente fazer isso, pode ser útil.
Sendo empáticos, quando tentamos nos colocar no lugar do outro, evitando preconceitos, podemos facilitar a compreensão da origem de suas ações e o que consideramos provocações e, assim, deixarmos de nos incomodar.
Entenda que todos nós estamos em algum ponto da nossa escada de crescimento, quanto mais degraus tivermos subido, menos pessoas serão capazes de nos provocar. Será compaixão e empatia que estarão presentes na maioria dos casos. Por agora, à medida que vamos no nosso próprio ritmo, vamos tentar preservar a nossa paz, mesmo que isso nos obrigue a ignorar determinadas situações, pessoas ou ações em particular.