O cantor sertanejo Gustavo Lima, após uma grande polêmica envolvendo um show em Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais, o artista fez uma live ontem, segunda-feira (30), afirmando que “não compactua com dinheiro público” e afirmou que “está a ponto de jogar a toalha”.
A transmissão ao vivo, com quase 21 minutos, foi feita pelo Instagram. No começo, o “Embaixador” afirmou que anda “levando tanta pancada, aguentando calado” e afirmou não saber o motivo de tanta “perseguição e inverdades”.
O assunto seguinte foram as apresentações para prefeituras.
O artista parece não compreender que o show é pago com dinheiro público e ainda mais, com dinheiro que está constitucionalmente destinado, ao menos no caso da prefeitura Conceição do Mato Dentro, a gastos com Saúde, Educação e Estrutura.
“Eu nunca me beneficiei ‘sobre’ dinheiro público (…) Eu não compactuo com dinheiro público, sou um cara que tenho meus impostos em dia (…) Sobre shows de prefeitura, acho que todos os artistas fazem ou já fizeram show de prefeitura e isso, na minha forma de pensar, é sobre valorizar a nossa arte”, afirmou.
Gustavo afirmou que tudo o que possui é fruto de muito suor, muito trabalho e dedicação. Acerca do custo do show, ele afirma que o que foi cobrado da prefeitura é o valor de mercado.
“Se eu custo 1, não é pela prefeitura que vai me pagar meio. Todos nós temos contas para pagar, seja para prefeitura ou para shows privados. Eu sou um cara que faço pouquíssimos shows de prefeitura e, quando a gente às vezes faz algum, a gente é massacrado como se fosse um bandido, como se fosse um ladrão que tivesse roubando dinheiro público. E não é assim, gente. Eu sou um trabalhador normal”, afirmou.
Relembrando o caso, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais, contratou um show do cantor Gusttavo Lima pelo valor de R$ 1,2 milhão. Após os valores virem a público com a informação de que a verba que seria usada para pagamento do show só poderia ser utilizada com saúde, educação e infraestrutura, a prefeitura informou que o show seria cancelado.
Por sua vez, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro alegou que os processos licitatórios para a contratação de Gusttavo Lima e os outros artistas “foram realizados dentro da legalidade”.
A partir de tudo isso é que o cantou passou a ser alvo de cancelamento na intenet. Vale lembrar que não existe “licitação” propriamente dita para a contratação de shows. O que se faz é tão somente alegar que é do interesse público tal contratação e publicar que é inexigível processo licitatório para o caso.
Vale destacar que o artista, gostemos dele ou não, vende o seu trabalho. Se o preço cobrado é o preço de mercado para o show dele, ele não pratica, em tese, qualquer ilegalidade. Que sejam investigados tais eventos, contudo, o cancelamento virtual e o massacre pessoal devem ser evitados por questões huminitárias e para evitarmos injustiças.
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