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Gata da raça bengal, avaliada em R$ 7 mil, é confundida com jaguatirica e solta por bombeiros em mata de BH

Um equívoco do Corpo de Bombeiros do estado de Minas Gerais ganhou grande repercussão no dia de ontem. Uma gata da raça bengal foi confundida por bombeiros e solta em uma mata de Berverde, próximo a Belo Horizonte.

O Corpo de Bombeiros afirmou ao g1 que, na madrugada desta terça-feira, o Corpo de Bombeiros foi acionado por um condomínio no Belvedere para retirar uma “pequena onça” do local. Moradores chegaram a afirmar que o animal estava solto, vagando pelo local há cerca de dois dias, era agressivo e não apresentava evidências de que poderia ser de estimação. Quando chegou “a guarnição identificou que não se tratava de uma onça, mas de um gato, aparentemente um gato-do-mato”. Uma rede foi usada para capturar o animal que, em seguida, foi liberado em uma mata próxima.

“O animal foi capturado de forma segura e solto em local mais afastado de tal perímetro urbanizado conforme o protocolo padrão para ocorrências envolvendo animais silvestres. Ainda de acordo com os bombeiros, não havia coleira ou outra identificação visível”, disse a corporação em nota.

Tal soltura revoltou, no dia de ontem, o tutor da Massinha, nome da gata, o veterinário Rodrigo Cali: “Eu disse que eles não podiam fazer isso. Eles não têm essa capacidade técnica e, mesmo supondo que é um animal silvestre, precisam fazer uma triagem. Eles soltaram a gata na mata, eu já liguei pedindo ajudar nas buscas e eles não vêm.”

Durante todo o dia e início da noite, o tutor Rodrigo Calil, familiares e membros da Organização Não Governamental (ONG) Grupo de Resgate Animal procuraram pelo animalzinho.

Só à noite, ao voltarem ao local em que a gatinha foi solta, com o auxílio de uma câmera térmica foi, então, possível localizá-la e concluir o resgate.

Para o tutor, o Corpo de Bombeiros agiu equivocadamente: “Ela deveria ter sido levada para o Ibama e passado, no mínimo, por uma microchipagem porque ela tem um microchip com todos os meus dados. Foi um dia surreal, um dia que fiquei indignado com vários erros sucessivos, um dia de exaustão. Minha filha chorou muito e pediu para voltar ao local durante a noite. A madrinha dela escutou a gata e voltamos com a câmera térmica.”

Revista Pazes

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