Publicado originalmente por Revista Prosa Verso e Arte
“Todos discutem minha arte e fingem compreender, como se fosse necessário compreendê-la, quando é simplesmente necesssário amar.” – Claude Monet
O grande mestre do impressionismo, já consagrado, construiu seu ateliê em Giverny, onde mandou cavar um lago, que encheu de inúmeras variedades de ninfeias, plantas aquáticas de cores variadas. Sobre o lago, construiu a famosa ponte japonesa. Esse jardim encantador inspirou telas enormes a que se dedicou nas últimas três décadas da sua vida.
A filmagem foi realizada no verão de 1915 quando Monet tinha 74 anos de idade. No início, o cineasta Sacha Guitry conversa com o artista, vestido todo de branco. A seguir, temos uma imagem panorâmica do jardim com a ponte japonesa, o salgueiro-chorão e o espelho d’água com as ninféias. Vemos, então, Monet em ação. Segurando sua paleta de cores e alguns pincéis, pinta uma grande tela ao lado da lagoa de ninféias.
No fim da vida, o artista respondeu uma carta sobre o movimento impressionista a Evan Chateris (1926), afirmando de forma modesta: “meu único mérito foi o de ter pintado diretamente da natureza com o objetivo de exprimir minhas impressões diante dos efeitos mais fugidios”.
Veja aqui Claude Monet em filme raro, pintando em seu famoso jardim em Giverny.
Monet viveu em Giverny de 1883 até sua morte em 1926 e muitas de suas obras retratam cenas sua propriedade, cheia de plantas, flores coloridas, lago, jardins e a charmosa ponte em estilo japonês, sem falar nas Ninfeias, inspiração para muitas de suas obras (que estão no Musée L’Orangerie em Paris). Hoje, a propriedade abriga a Fundação Monet e a casa onde o artista morou, atualmente é um museu dedicado a ele.
O local fica aberto à visitação de 29 de março a 1 de novembro, durante os meses em que o jardim está mais florido e belo. E funciona todos os dias das 9:30h as 18h (última entrada as 17:30h). 70, rue Claude Monet – 27620 Giverny