Década de 1960: auge da luta política pelos direitos civis da população negra dos Estados Unidos. Naquela época, ascendia ao topo do Partido dos Panteras Negros o ativista Fred Hampton, homem não muito bem visto pelo FBI – a polícia federal estadunidense.
Visando obter mais informações – de preferência comprometedoras – do ativista, o FBI colocou o jovem William O’Neal como infiltrado no partido.
É a partir daí que começa o filme “Judas e o Messias Negro”, dirigido por Shaka King, e indicado a 6 Oscars, inclusive Melhor Filme.
Lançado em 2021, ainda no auge da pandemia, e num contexto de pouquíssimos cinemas abertos, o filme voltou a ganhar atenção recentemente, agora que está disponível no Prime Video.
Resenha de Judas e o Messias Negro
O filme conta a história real do ativista dos direitos civis Fred Hampton e sua relação com William O’Neal, um informante do FBI. Com atuações brilhantes e um roteiro envolvente, o filme lança luz sobre a luta dos movimentos negros por justiça e igualdade nos Estados Unidos.
Como dito, a trama se passa na década de 1960, durante o auge do movimento dos direitos civis. Daniel Kaluuya interpreta Fred Hampton, líder carismático do Partido dos Panteras Negras em Chicago. Lakeith Stanfield interpreta William O’Neal, um pequeno criminoso recrutado pelo FBI para infiltrar-se no grupo e coletar informações sobre suas atividades.
O filme aborda temas como racismo, opressão e resistência, mostrando como as ações de Hampton e dos Panteras Negras incomodaram as autoridades e desafiaram o status quo.
Ele também apresenta a complexidade do movimento e as tensões internas enfrentadas pelos ativistas, enquanto lutam por igualdade e enfrentam a repressão brutal por parte do governo.
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Atuação, direção, roteiro e trilha sonora
As atuações de Daniel Kaluuya e Lakeith Stanfield são extraordinárias. Kaluuya incorpora com maestria a energia e o poder de Fred Hampton, transmitindo sua eloquência e paixão pela justiça. Stanfield traz complexidade ao papel de William O’Neal, retratando sua luta interna entre lealdade e consciência.
A direção de Shaka King é habilidosa, criando uma atmosfera tensa e repleta de emoção. Ele retrata com autenticidade a época e o ambiente em que a história se desenrola, capturando a tensão racial e política da época.
A cinematografia e a trilha sonora complementam perfeitamente o clima do filme, adicionando camadas de significado e intensidade.
O roteiro, escrito por Shaka King e Will Berson, é inteligente e bem construído. Ele apresenta uma narrativa cativante e envolvente, revelando os detalhes da história de Hampton e O’Neal de maneira equilibrada.
Ademais, o filme não apenas explora a vida de Fred Hampton, mas também questiona o papel das instituições e o preço pago pelos ativistas que lutam por mudança.
“Judas e o Messias Negro” é uma obra-prima cinematográfica que mergulha na história e na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ao retratar figuras históricas importantes e os desafios enfrentados pelos ativistas negros, ressoa com questões sociais e políticas relevantes até os dias de hoje.
É um filme necessário, que nos faz refletir sobre o poder e a coragem necessários para promover mudanças significativas em uma sociedade injusta!
Confira o trailer de Judas e o Messias Negro, disponível no Prime Video:
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Fonte: Veja (Prime Video)
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