A incógnita que permeia a capacidade humana de submeter-se a ordens absurdas, contribuindo para atrocidades históricas, ainda fascina mesmo décadas após os eventos. Inspirado no roteiro de Matthew Orton, o diretor Chris Weitz traz à tela do cinema as reflexões de Hannah Arendt sobre um dos grandes escândalos por trás do Holocausto, desvendando o que levou um homem comum a se tornar um dos expoentes do nazismo na Alemanha de Hitler.
Arendt, renomada filósofa alemã e judia, buscava compreender a mente de Adolf Eichmann, um homem comum que se destacou como figura central no regime nazista. Seu livro “Eichmann em Jerusalém”, publicado após o veredicto condenatório de 1961, explorou a noção de “banalidade do mal”, destacando a natureza comum de Eichmann, um funcionário burocrático que justificava suas ações como mera obediência e excelência no trabalho.
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O filme “Operação Final” mergulha na história de Peter Zvi Malkin, agente do Mossad responsável por capturar Eichmann na Argentina. A trama, ambientada em 1954, acompanha Malkin, interpretado por Oscar Isaac, enquanto busca nazistas foragidos. Flashbacks e uma intriga pessoal se entrelaçam, revelando o contexto emocional do agente e sua conexão com o passado.
Weitz utiliza recursos metalinguísticos, inserindo personagens em um cinema argentino que exibe um filme significativo para a trama. Isso ressalta não apenas a complexidade do enredo, mas também a persistência do antissemitismo e do neonazismo mesmo após o término da guerra, refletindo a realidade social da época.
O embate entre Malkin e Eichmann, interpretado por Ben Kingsley, ganha destaque no filme. A tensão entre os personagens é marcada pela necessidade de estabelecer relações para garantir a extradição do nazista. A cena crucial em que Malkin raspa a barba de Eichmann se destaca como o ponto alto do trabalho de Weitz, Isaac e Kingsley, evidenciando a intensidade emocional do filme.
Detalhes cuidadosamente observados, como a fotografia impecável de Javier Aguirresarobe, elevam “Operação Final” ao patamar das grandes obras cinematográficas. O desfecho, que culmina na execução de Eichmann em 1962, após um julgamento angustiante de catorze meses, reforça a dureza da realidade enfrentada pelas vítimas do Holocausto.
Ao adaptar a história para as telas, “Operação Final” não apenas traz à luz os eventos históricos, mas também questiona a natureza humana e sua relação com o mal, tornando-se uma obra que transcende o simples entretenimento cinematográfico.
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Fonte: Veja
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