Texto de Marcel Camargo
A tecla dos tempos difíceis de hoje é batida continuamente. Não há quem não sinta o peso que todos parecemos carregar, esgotando-nos física e espiritualmente. Gastamos tempo excessivo com atividades que não aliviam o nosso estresse, ao passo que momentos de lazer e de limpeza emocional tornam-se raros, quando não impossíveis.
Esse vazio interior só cresce, nesse ritmo alucinante dos dias corridos, enfurnados que estamos em escritórios, em transportes coletivos, em meio a engarrafamentos, perdendo hora, perdendo a paciência, perdendo saúde, perdendo a vida lá fora. Não conseguimos encontrar tempo para sorrir e, assim, preenchermos nossa essência com o que realmente vale a pena. Não temos como recarregar nossas energias, como digerir o que acontece de ruim, nem como desfrutar do que é bom.
Torna-se, portanto, imperativo evitar o que incomoda. Ninguém consegue fugir a aborrecimentos, mas muitos deles podem ser evitados. É preciso analisar as causas daquilo que aborrece, para que se possa perceber quais delas foram provocados por nós mesmos e, assim, mudarmos os comportamentos que causam problemas. Muita coisa será aliviada, a partir do momento em que pararmos de provocar problemas futuros.
Temos que ignorar o que nos chateia. O tempo é precioso demais, para que seja jogado fora com o que só traz chateação, com gente desagradável. Teremos que conviver com pessoas incômodas, sim, porque ninguém gosta de todo mundo. Porém, somos capazes de ignorar palavras, pessoas e ações, selecionando o que deve ficar em nós e o que deve entrar por um ouvido e sair pelo outro, ou mesmo tampando os ouvidos, para que ali não entrem, nem por um segundo, determinadas chateações imprestáveis.
É preciso sair de perto do que faz mal, de gente que libera toxina por onde passa. Quando não formos obrigados a conviver com alguém num mesmo ambiente, como, por exemplo, no trabalho, poderemos – e deveremos – escolher bem as nossas companhias. Temos poucos momentos descompromissados em nosso favor, ou seja, usá-los junto com quem nos faz feliz e enriquece a nossa vida nos poupará de acumular peso inútil em nossa carga afetiva.
Não é fácil manter o equilíbrio, diante de pessoas desagradáveis e em situações desgastantes, mas é preciso exercitar o evitar, o ignorar e o sair de perto, para que possamos desafogar a nossas almas de entulho indesejável, para que consigamos nos desviar dos chatos de plantão, para que sejamos mais felizes. Para que aproveitemos o que nos engrandece e marcará as nossas memórias, a nossa passagem pela vida e na vida das pessoas que são pedacinhos importantes do amor que construímos diariamente.
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