“Eu tomo remédios, mas o remédio não me cura: o que me cura é a arte” – conheça o projeto Suricato
Imagem reprodução do vídeo

Por Nara Rúbia Ribeiro

Não há muro real que separe a saúde do sofrimento mental. O muro existente foi construído na abstração das nossas almas e é fruto do nosso imaginário. Talvez tentássemos nos proteger de nós mesmos dizendo: eles são os loucos; eles, não nós. Estamos do lado de cá, do lado da sanidade.

Contudo, bem sabemos que a saúde e o sofrimento psíquicos são faces da mesma moeda mental de cada indivíduo.

Foi na tentativa de promover a inclusão social daqueles que eram havidos como “os loucos”, aqueles que, para tantos, deveriam ficar do outro lado do muro, quiçá sob a “proteção” de grades e correntes, que foi criada a Associação Suricato, em Belo Horizonte – Minas Gerais.

O nome “Suricato” é uma alusão a um animal africano que se une em grandes grupos de modo a se protegerem reciprocamente. O projeto agrupa pessoas unidas na desconstrução do estereótipo da loucura. Sobre essa instigante temática, afirma Frederico Eymard, participante do projeto: “Eu tomo remédios, mas o remédio não me cura: o que me cura é a arte”.

Na autodrescrição do projeto, em sua página de divulgação no Facebook, temos que:

A Suricato surge num contexto de liberdade e respeito aos direitos do cidadãos em sofrimento mental, onde a necessidade de sua inclusão social é uma premissa do modelo assistencial da saúde mental em Belo Horizonte.

A Associação promove essa inserção através da culinária e da produção de artesanato, como mosaicos, marcenaria e costura. Tudo isso é feito por cerca de 40 pessoas, com idade entre 20 e 70 anos.

O trabalho desenvolvido na Suricato produz sujeitos desejantes, livres e criativos, cujo resultado poderá ser visto na Rua Souza Bastos, 175, Floresta.”

Que este projeto sirva de inspiração.
Parabéns aos organizadores e participantes!






Uma revista a todos aqueles que acreditam que a verdadeira paz é plural. Àqueles que desejam Pazes!