Esse suspense hipnótico da Netflix será o filme mais emocionante que você vai ver essa semana
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Em 2017, o surgimento de um jogo virtual causou grande preocupação ao incitar desafios perigosos, principalmente entre adolescentes. Chamado de Baleia Azul, esse jogo rapidamente se tornou popular nas redes sociais mais fechadas, especialmente na Rússia, conquistando o interesse de jovens entre treze e dezessete anos.

Em poucos dias, o jogo se espalhou como um vírus, levando muitos desses adolescentes a embarcarem em uma experiência assustadora que, infelizmente, resultou em consequências trágicas para alguns.

Essa realidade cruel ganha uma representação intensa em Nerve — Um Jogo Sem Regras, onde uma diversão aparentemente inofensiva se transforma em uma história envolvente sobre jovens que se sentem perdidos e desesperados por algo que os tire da apatia em que vivem.

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O roteiro, adaptado por Jessica Sharzer a partir do romance de Jeanne Ryan, explora as contradições dessa fase da vida, ao mesmo tempo em que alerta sobre os perigos que podem surgir quando esses jovens se envolvem em situações de risco.

A adolescência é um período complicado, marcado por uma busca incessante de identidade e sentido. Muitas vezes, essa busca vai além da persistência, exigindo uma força interna que nem todos conseguem encontrar.

Nessa fase, é comum que os jovens adotem comportamentos extremos como forma de se expressar ou de lidar com a confusão interna. O filme captura essa dinâmica ao mostrar adolescentes que, embora estejam começando a compreender suas limitações, ainda nutrem o desejo de conquistar o mundo sem abrir mão de nada.

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Tommy, um personagem nerd apaixonado por tecnologia, personifica o fascínio moderno pela onipresença das máquinas na vida cotidiana. Ele se vê atraído por Vee Delmonico, uma estudante de ensino médio que sonha em ingressar na CalArts, uma prestigiada escola de artes localizada na Califórnia.

Essa relação, porém, é apenas o ponto de partida para uma narrativa que mergulha em questões mais profundas sobre a influência da tecnologia e a fragilidade da saúde mental na era digital.

Em Power (2020), os diretores Ariel Schulman e Henry Joost exploram as fronteiras nebulosas entre o pessoal e o comercial, questionando a relação cada vez mais complexa entre a busca por dinheiro fácil e a saúde mental dos envolvidos.

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O filme traz à tona os perigos dos desafios virtuais, que se tornaram uma nova forma de pressão social, semelhante ao que aconteceu com o Baleia Azul, mas com uma roupagem ainda mais moderna e perigosa.

Emma Roberts entrega uma atuação dinâmica, navegando pelas várias camadas de sua personagem, desde a frustração por não conseguir a atenção do capitão do time de futebol, J.P., interpretado por Brian Marc, até a desilusão com sua melhor amiga, Sydney, vivida por Emily Meade.

Eventualmente, a trama se desenrola em uma busca por redenção, onde o amor entre Vee e Ian, interpretado por Dave Franco, se torna o fio condutor que traz um toque de humanidade a uma história marcada por comportamentos arriscados e decisões precipitadas.

O filme é um reflexo dos tempos modernos, onde a linha entre a realidade e o virtual se torna cada vez mais tênue, e as redes sociais, com suas promessas de popularidade e sucesso instantâneos, continuam a desafiar os limites da segurança e da sanidade.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.