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Em uma jornada pelo passado remoto, no ano 245 a.C., o reino de Qin, localizado no extremo noroeste da China contemporânea, emerge como um império após séculos de expansão, consolidando-se como o primeiro Estado unificado chinês em 221 a.C. A narrativa, inspirada na célebre série de mangá de Yasuhisa Hara, intitulada “Kingdom 3: A Chama do Destino”, transporta os espectadores para uma saga envolvente, destacando a perseverança de Lin Xin, um escravo determinado a conquistar a liberdade em uma terra desconhecida.

O filme dirigido por Shinsuke Sato transcende a tela, servindo como metáfora para a resistência do Japão frente a invasores, situando-se dois mil anos antes da Primeira Guerra Sino-Japonesa, conhecida como a Guerra Jiawu. Este período histórico, que se desdobrou ao longo de quatro décadas a partir de 1937, é explorado com uma dose significativa de fantasia, destacada por impressionantes efeitos especiais.

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O roteiro, desenvolvido por Yasuhisa Hara e Tsutomu Kuroiwa, faz um retorno breve a “Kingdom 2: Far and Away” (2022), onde a infância de Lin Xin é marcada por sua disposição em sacrificar-se pela causa que define sua trajetória. A obsessão do protagonista por Wang Qi, interpretado por Takao Osawa, é habilmente retomada por Sato, sugerindo, no desfecho, uma improvável união entre os dois personagens, uma relação marcada por uma dialética envolvente que cativa os espectadores ao longo dos 130 minutos de filme.

Para Lin Xin e seu aliado, a vitória é o único objetivo, e o prólogo destaca a imensidão da planície de Dakan, palco da intensa batalha durante a Campanha Keiou em 244 a.C. O confronto sangrento entre os invasores liderados pelo general Duke Hyou, representando a dinastia Qin, e o exército da resistência, liderado pelo general Wei Go Kei, é uma luta por afirmação e glória que molda o destino dos personagens.

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Kento Yamazaki, no papel de Lin Xin adulto, assume o protagonismo de maneira envolvente em “A Chama do Destino”. À frente de soldados e mercenários, ele enfrenta os temíveis “Mil Comandantes de Qin”, conhecidos por sua bravura e crueldade, proporcionando cenas cativantes que prendem a atenção do público.

Conforme Lin Xin percebe que a unificação da China representa a concretização de um antigo sonho, graças à instituição da sede do reino de Zhao, estabelecido durante o Período dos Reinos Combatentes, a trama se aprofunda. O Estado de Zhao, resultado da atuação incansável de Zhao Yun e defendido por sábios como Zhao Buzhi, emerge como um símbolo do desejo de vingança de um povo oprimido que consegue virar o jogo no momento certo, transformando-se em um dos mitos mais duradouros da Ásia.

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Fonte: Flixlandia






Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.