Esse filme que aborda história de amor doentia (e perturbadora) fez a Netflix ser processada
Esse filme que aborda história de amor doentia (e perturbadora) fez a Netflix ser processada

Explorar as complexidades do amor é um desafio que poucos cineastas encaram com a audácia de David M. Rosenthal em Paixão Sufocante, lançado em 2022.

Este filme entrelaça o romance com o suspense, e também mergulha nas profundezas de um amor que transcende o belo, tocando o perturbador.

Rosenthal traz à tela uma narrativa que captura tanto a embriaguez quanto o perigo de um amor obsessivo, apresentando um estudo profundo sobre o impacto emocional de relações intensas.

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Desde o início, o filme nos apresenta Roxana Aubry, uma jovem estudante de biologia marinha interpretada com uma delicadeza fervorosa por Camille Rowe. Enfastiada pela monotonia de sua vida privilegiada, Roxana decide se aventurar em um retiro na Riviera Francesa.

Lá, o destino a coloca frente a frente com Pascal Gautier, um carismático mergulhador vivido por Sofiane Zermani. A atração entre eles é instantânea, e Roxana se vê imersa em uma paixão que rapidamente se mostra duplamente cortante.

A cinematografia de Thomas Hardmeier é um espetáculo à parte, capturando a beleza estonteante da Riviera ao mesmo tempo em que sugere os subtextos mais sombrios da trama.

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A direção de Rosenthal explora o amor não apenas como uma força de conexão, mas também como um vetor de obsessão e autodestruição. A transformação de Roxana, de uma estudante entediada para uma mulher consumida pelo amor, é retratada com uma sensibilidade que é tanto envolvente quanto alarmante.

A narrativa se aprofunda à medida que o relacionamento de Roxana e Pascal se desenvolve. Pascal, com seu charme irresistível, seduz não apenas Roxana, mas também a audiência, até que sua faceta mais sombria começa a emergir.

O filme, então, nos leva a questionar os limites do amor e as consequências de uma paixão que se torna sufocante. As sequências de Rosenthal alternam entre o deslumbramento e o desconforto, construindo uma montanha-russa emocional que deixa o espectador sem fôlego.

O clímax do filme é tão dramático quanto trágico. Inspirado pela história real de Audrey Mestre, Rosenthal não se esquiva de mostrar o quanto um amor profundo pode ser transformador e, ao mesmo tempo, devastador.

A tentativa de Roxana de superar Pascal nas profundezas do mar simboliza uma busca por identidade e aceitação, culminando em um desfecho que é tanto uma celebração da vida quanto um lamento pelas oportunidades perdidas.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.