As músicas brasileiras têm o poder de transcender fronteiras e encantar pessoas de diferentes partes do mundo. Neste artigo, entraremos no circuito das melodias que conquistaram os corações além das fronteiras do Brasil.
Cantoras como Anitta têm desempenhado um papel fundamental na história da música brasileira ao popularizar o funk em vários países ao redor do mundo. No entanto, é importante ressaltar que ela não foi a primeira a levar nossa cultura musical para além das fronteiras, uma vez que as canções brasileiras já ecoam há muito tempo entre o público internacional.
Em 2009, a revista Rolling Stone Brasil compilou uma lista atualizada até 2018 com as 100 músicas brasileiras mais tocadas no exterior. Neste artigo, destacaremos cinco dessas canções brasileiras que se tornaram verdadeiros sucessos em diversos continentes, cativando audiências ao redor do mundo. Confira!
Lançada em 1963, a música rapidamente se tornou um sucesso e se estabeleceu como um clássico da música popular brasileira.
A canção é uma mistura contagiante de samba, bossa nova e ritmos afro-brasileiros, com influências de jazz. Com sua melodia alegre e cativante, “Mas Que Nada” incorpora o espírito festivo do Brasil e é frequentemente associada à celebração e ao carnaval.
A letra de “Mas Que Nada” é em português e também apresenta algumas palavras em iorubá, um idioma africano. A música transmite uma atitude descontraída e despreocupada, exaltando a alegria e o amor pela vida.
Ao longo dos anos, “Mas Que Nada” recebeu inúmeras versões e interpretações de diferentes artistas ao redor do mundo. Uma das versões mais conhecidas é a gravação feita por Sérgio Mendes & Brasil ’66, que alcançou grande sucesso internacional na década de 1960.
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“Asa Branca” é uma icônica música brasileira escrita por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Lançada em 1947, a canção se tornou um dos maiores sucessos da música nordestina e é considerada um hino do sertão brasileiro.
A música retrata a vida difícil e a seca no sertão nordestino, simbolizando as adversidades enfrentadas pelos nordestinos que são obrigados a deixar suas terras em busca de melhores condições de vida. A expressão “asa branca” refere-se a um pássaro migratório que voa em busca de água e alimento, simbolizando a esperança e a busca por uma vida melhor.
A melodia de “Asa Branca” é marcante, com acordes de baião, um ritmo tradicional do nordeste brasileiro. A voz de Luiz Gonzaga, acompanhada de seu acordeão, traz uma emoção e autenticidade à música, capturando a essência do sertão.
A letra de “Asa Branca” aborda a saudade da terra natal, a seca implacável e a esperança de dias melhores. A canção evoca imagens vívidas da paisagem árida e da vida simples do sertanejo, transmitindo uma forte conexão emocional com o público.
Ao longo dos anos, “Asa Branca” se tornou um verdadeiro clássico da música brasileira, sendo regravada por inúmeros artistas e ganhando projeção internacional. A canção representa não apenas a cultura nordestina, mas também a resiliência e a determinação do povo brasileiro diante das adversidades.
“Carinhoso” é uma famosa música brasileira composta por Pixinguinha, um renomado músico e compositor do choro, um gênero musical popular no Brasil. Lançada em 1917, a canção é considerada um clássico do repertório brasileiro e uma das mais importantes composições da música instrumental no país.
“Carinhoso” possui uma melodia delicada e envolvente, com influências do choro e do jazz. A música transmite uma atmosfera romântica e nostálgica, repleta de emoção e sensibilidade. Seu título sugere um sentimento de carinho e afeto, refletindo a essência do amor e do encantamento.
Originalmente instrumental, “Carinhoso” ganhou uma letra em 1937, escrita por Braguinha (também conhecido como João de Barro). A letra acrescenta uma dimensão lírica à música, enfatizando o amor e a saudade.
A composição de Pixinguinha em “Carinhoso” demonstra sua habilidade como melodista e arranjador, combinando virtuosismo técnico com uma sensibilidade melódica única. Sua interpretação no saxofone e no flautim se tornou uma marca registrada da música.
Ao longo dos anos, “Carinhoso” foi regravada e interpretada por inúmeros artistas, tanto instrumentistas como cantores, tornando-se uma das músicas mais gravadas da música brasileira. Sua popularidade atravessou gerações, e a canção é reconhecida como um dos símbolos da música brasileira e um tesouro cultural do país.
“Carinhoso” é um legado duradouro de Pixinguinha, que contribuiu significativamente para a história da música brasileira, deixando um impacto indelével com sua composição atemporal e emocionalmente cativante.
“Águas de Março” é uma música icônica da música popular brasileira, composta por Tom Jobim e interpretada em uma das versões mais famosas pela cantora Elis Regina. Lançada em 1972, a canção é um dos maiores clássicos do repertório brasileiro e é reconhecida internacionalmente como uma das melhores composições da música brasileira.
A letra de “Águas de Março” retrata a simplicidade da vida cotidiana, usando a metáfora das águas de março para representar os altos e baixos, desafios e momentos de renovação que todos enfrentam. A música é uma ode à natureza e à efemeridade da vida, onde a chuva e as folhas caídas simbolizam as mudanças inevitáveis que ocorrem ao longo do tempo.
A melodia de Tom Jobim é delicada e cativante, com uma progressão harmônica sofisticada característica de sua música. A interpretação de Elis Regina acrescenta uma intensidade emocional à canção, com sua voz poderosa e expressiva transmitindo a profundidade da composição.
A combinação da sensibilidade de Tom Jobim como compositor e o talento vocal de Elis Regina resultou em uma interpretação inesquecível de “Águas de Março”.
“Construção” é uma poderosa e aclamada música brasileira composta por Chico Buarque. Lançada em 1971, a canção se destaca por sua letra poética e engajada, abordando temas sociais e políticos de forma criativa e impactante.
“Construção” retrata a dura realidade da vida de um operário, narrando sua jornada desde o início do dia até seu trágico fim em um acidente de trabalho. A música utiliza recursos literários como metáforas e jogos de palavras para expressar a desigualdade social, a alienação e a falta de valorização da classe trabalhadora.
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Fonte: MetroWorld
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