Fonte JN
Mia Couto foi infectado pela coronavírus veio a público pedir o cumprimento das regras básicas de higiene, distanciamento social e uso de máscaras recomendações das autoridades sanitárias como prevenção à covid-19, alertando para implicações “profundíssimas”.
“Nós temos de conseguir uma resposta e direção contrária à covid-19, ter respeito pelos outros e acatar essas instruções [de prevenção], tão simples”, dadas pelas autoridades de saúde, disse o autor à Lusa.
O escritor moçambicano cumpre hoje o 10.º dia de isolamento domiciliar, desde que foi diagnosticado positivo para o novo coronavírus, apresentando-se com sintomas leves, entre cansaço e dores musculares.
O escritor descreveu à Lusa o impacto que a notícia de estar infectado teve sobre si: “Quando me comunicaram, o medo que me assaltou foi o de um tipo de morte solitária, foi essa a construção que fiz”. Ressaltou ainda que a covid-19 “empurra para uma situação de agonia, solidão e abandono”.
Em aspectos gerais, Mia Couto alertou para complexidade da crise trazida pela pandemia, com implicações “profundíssimas” no campo social, económico e humano, além da saúde.
“Nós já temos vacina. Chama-se máscara, chama-se distanciamento. Portanto, temos as vacinas que serão, até daqui a alguns meses, a nossa arma principal”, declarou.
Desde a última semana, as autoridades de saúde moçambicanas têm alertado para o aumento do número de óbitos e casos de infeção pelo novo coronavírus, referindo que se está a esgotar a capacidade de internamento nas unidades hospitalares.
Moçambique tem um cumulativo de 271 óbitos e 29.396 casos, 68% dos quais recuperados.