A atriz Gabriela Duarte se posicionou nas redes sociais nesta quinta-feira, 21, e justificou sua decisão de não expor publicamente seu posicionamento político.
Duramente criticada por atos e dizeres de sua mãe, a atriz Regina Duarte, que, após uma curta passagem pela Secretaria Nacional de Cultura agora irá ocupar outro cargo dentro da estrutura da mesma pasta, a atriz deixou claro que “escolhas são individuais”, no que se permite inferir o seu descontentamento por ser ela, filha, tão duramente criticada pelas falas e escolhas de sua mãe.
Não raro a internet é palco de situações injustas que podem ser muito prejudiciais. No caso de Gabriela Duarte, muitos, descontentes com posicionamentos da sua mãe, resolveram criticá-la duramente, como se ela fosse partícipe de tais posicionamentos ou como se fosse de algum modo responsável por sua mãe.
Na fala abaixo, a atriz não apenas denota seu posicionamento político divergente da mãe, como pede que cada qual, incluindo o seu público, cuide do seu “próprio RG e CPF”.
Eis a fala da atriz:
“Um artista pode se posicionar politicamente se quiser.Existem os que fazem isso e tem suas razões. Essa,porém,nunca foi uma escolha minha.
A profissão que escolhi ja é bastante política em vários aspectos.Isso,no entanto,não faz com que eu deixe de me posicionar, mas o faço como uma cidadã normal.Voto e exerço meu direito de escolher pessoas que acho mais adequadas a me representar,mas não trago isso pra minha vida publica.
Divido meus pensamentos e opiniões nessa área com pessoas que me são próximas.Não tenho necessidade de mais do que isso, nem me sinto no direito de influenciar politicamente quem quer que seja.São escolhas, e escolhas são individuais.Cada um tem a liberdade de pensar de forma própria.
E isso diz respeito a relações familiares também.
Somos o que escolhemos ser e batalhamos por isso.Quando crianças, seguimos o exemplo daqueles que estão muito próximos a nós: os pais, os avós, irmãos, professores da escola…Aos poucos esse universo se amplia e nossas referências também. Começamos então a formar nosso próprio corpo ideológico e percebemos que não precisamos mais seguir os modelos da infância e adolescência.Amadurecer,entre tantas coisas,é isso.
Tudo isso não quer dizer que não possa mais haver afeto, amor,gratidão e respeito por aqueles que nos criaram.Pelo contrario.Devem ser apreciados e honrados todos os dias.Mas entender que uma família não precisa necessariamente funcionar como um bloco, com pensamentos em uníssono sempre, é fundamental.
Meus filhos têm sido criados também dessa forma.Para que sejam livres e possam formar seus próprios pensamentos.O fato de serem meus filhos não os obriga a serem como eu.Quero que eles sejam melhores! Escolhas são individuais, que fique claro.Cada adulto que cuide de seu RG e CPF.”