Texto de Beatriz Zanzini publicado originalmente em O Amor é Brega
Pela primeira vez eu olhei no retrovisor e não vi ninguém atrás. Também não havia ninguém ao meu lado, apenas a companhia de um vento suave que soprava pela janela meio aberta. Decidi seguir em frente, sem cogitar qualquer possibilidade de dar a ré. Depois de tanto tempo, finalmente me senti livre. Livre de verdade, sem amarra, sem obrigações, sem culpa, sem dor, sem nenhum peso.
Passei tanto tempo preocupada com o que você iria comer quando chegasse com fome, ou como eu deveria me comportar em certas ocasiões que eram importantes apenas para você… E foram tantas as vezes em que deixei minhas vontades de lado para agradá-lo, assim como foram muitas as vezes em que eu fui deixada de lado. Fora as vezes em que eu dependia de você para ir e voltar, as vezes em que me produzia de um jeito que eu sabia que você iria gostar. Hoje, percebo o quanto era cansativo, o quanto era injusto… Comigo!
E sim, a culpa é toda e absolutamente minha. Eu é que jamais deveria abandonar ou esconder a minha essência por quem quer que seja. Jamais devo colocar as vontades de alguém acima das minhas prioridades… Porque relacionamento é troca. Se ela não existe, deixa de ser relacionamento e passa a ser apego de um, ou de ambos os lados.
Eu me dei conta de como eu já estava cansada de certas atitudes, de certas situações, de certas pessoas. Lembrei de quantas coisas tive que engolir, fingir que não vi ou não ouvi… E de nada adiantou, porque depois todas elas mostraram-se mais reais do que nunca.
A questão é que já não era amor, se é que um dia chegou a ser. Era mesmo uma questão de costume… Sempre esteve ali, então deixei estar. Até que a vida abriu os meus olhos e me fez acordar para algo que eu deveria ter percebido há muito tempo: eu merecia mais… Ser mais valorizada, mais amada, mais respeitada. E também merecia menos… Me doar menos, me esforçar menos, me obrigar menos.
Se não é natural, é impossível dar certo, e hoje eu consigo agradecer de forma sincera pelo fim.
Desde então, passei a me preocupar com a minha fome, com as ocasiões que são importantes para mim e com os lugares em que eu quero ir, sem precisar de nenhum alguém para exibir como “meu”. Afinal, ninguém é de ninguém, essa é a grande verdade. Mas se é possível chegar perto de ser, eu digo que quase cheguei a ser sua. E foi um equívoco inegável, mas um tanto quanto necessário para que eu finalmente me tornasse minha.
Coloquei aquela roupa velha que sempre gostei e decidi dirigir o meu próprio carro sozinha. Assim, eu volto a hora que eu quiser e quando quiser. Para onde estou indo? Não sei, quando der vontade eu simplesmente paro e fico em algum lugar… Mas já não há mais nada que me faça voltar.
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