Na praia de Derbent, no sul da Rússia, um visitante incomum atrai olhares curiosos: um gigantesco ecranoplano da classe Lun, apelidado de Monstro do Mar Cáspio. Com 283 toneladas e 19 metros de altura, essa relíquia da Guerra Fria parece algo saído de um filme de ficção científica.
Criado nos anos 1970 pela União Soviética, ele impressionava não apenas pelo tamanho, mas por ser uma máquina de guerra equipada com mísseis e projetada para voar rente à água.
Embora se pareça com um avião, o ecranoplano operava sob o chamado efeito solo, um fenômeno que permitia que ele deslizasse a poucos metros da superfície do mar, quase invisível para radares inimigos.
Com oito motores a jato e seis mísseis anti-navio supersônicos, era uma verdadeira fortaleza móvel. Essa característica fazia dele uma arma de ataque e defesa costeira extremamente eficaz, com velocidade de até 462 km/h e capacidade de atingir alvos a até 100 quilômetros de distância.
O ecranoplano foi desenvolvido durante a Guerra Fria, época em que os soviéticos buscavam inovar na guerra naval. Mesmo com todo o potencial, apenas um modelo da classe Lun, o MD-160, foi produzido.
Seu apelido, Utka, ou “pato” em russo, foi dado pela CIA, que monitorava de perto suas capacidades. No entanto, suas limitações tecnológicas, como a dependência de dados externos para mira, restringiram seu uso, levando ao abandono do projeto.
Hoje, o Monstro do Mar Cáspio descansa na areia, transformado em uma peça de museu a céu aberto. Turistas e moradores da região podem admirar essa máquina imponente, que serve como lembrança de uma época marcada por avanços tecnológicos e disputas políticas intensas.
Mesmo inativo, o ecranoplano permanece um ícone de inovação, carregando o fascínio por ser uma das criações mais incomuns da engenharia soviética:
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