Psicologia e Comportamento

Deve haver alguma coisa que ainda te emocione

“Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja”. (Autor desconhecido)

Vivemos através de uma bolha protetora, onde emocionar-se é o mesmo que ser vulnerável diante do outro.

“Se admitirmos que a vida humana pode ser regida pela razão, está destruída a possibilidade da vida”. (Into the Wild)

Deve haver alguma coisa que ainda te emocione. Algo que tire o seu chão e a previsibilidade treinada diariamente como forma de camuflagem diante do mundo. O mundo nos cobra certas atitudes, decoros e comportamentos didáticos e muitas vezes, insensíveis naquilo que diz respeito aos mais variados assuntos. Não por um tipo de senso operacional e robótico, mas simplesmente por compreender que para suavizar os golpes imprevisíveis da vida, necessitamos da proteção de um coração castrado, cicatrizado, e alarmantemente frio. Mas por quê?

Há tantas vivências, informações, cores e sabores para serem descobertos e, ainda assim, demonstrar emoções e as suas consequências, de braços abertos e olhos marejados, seriam o mesmo que atirar-se num abismo existencial. Quando foi que começamos a carecer de tato, sensibilidade, ternura?

Emocionar-se de fora para dentro é limitar o ser. Reprimir a admiração por um livro, a falta de palavras para descrever uma música, a euforia dramática de assistir um filme, quiçá os memoráveis momentos passados com entes queridos ou simplesmente a contemplação crua de uma bela paisagem.

Nascemos emocionados, mas conforme crescemos render-se aos “caprichos” do coração transformou-se em um sinal de fraqueza imperdoável. Talvez seja por isso que ainda não sejamos capazes de reconhecer relacionamentos, laços emocionais almejados, mas cada vez mais frágeis quando temos tudo e pouco no mesmo tempo e quantidade.

Deve haver alguma coisa que ainda te emocione. E isto não é necessariamente despir-se de lágrimas, mas de algo além. Pode ser algo como encher-se de ternura, cordialidade, respeito, altruísmo, igualdade. Os exemplos são diversos e as emoções também, obviamente. Deve haver alguma coisa que ainda te emocione, impulsione, desconstrua e reconstrua o seu modo de pensar, agir, viver e sentir. Não é contraste. É brilho.

Revista Pazes

Uma revista a todos aqueles que acreditam que a verdadeira paz é plural. Àqueles que desejam Pazes!

Recent Posts

O maior avião totalmente elétrico já construído está prestes a decolar e vai mudar o futuro das viagens aéreas para sempre

A Heart Aerospace, uma startup sueca dedicada à inovação no setor de aviação, deu um…

9 horas ago

A razão perturbadora pela qual ver este avião voando acima de você pode significar que você tem apenas minutos de vida

Em um mundo de tensões políticas e incertezas, algumas tecnologias se destacam não apenas pela…

9 horas ago

Ecranoplano, um dos aviões mais exóticos do mundo e maior que o Boeing 747, foi abandonado na praia

Na praia de Derbent, no sul da Rússia, um visitante incomum atrai olhares curiosos: um…

9 horas ago

Homem viaja 8.796 quilômetros TODA SEMANA para um país completamente diferente porque é ‘mais barato’ do que morar perto da universidade

Quando se trata de encontrar soluções criativas para desafios do dia a dia, Guangli Xu,…

10 horas ago

Drama imperdível baseado em escândalo farmacêutico real já foi visto por 110 milhões de assinantes na Netflix – confira o trailer!

Poucos temas são tão urgentes quanto a crise de opioides que impactou milhões de pessoas…

10 horas ago

O filme na Netflix que é um corte no tempo e transforma caos em uma aula de história épica

Não é todo dia que um filme consegue unir ação de tirar o fôlego com…

10 horas ago