Com informações de GreenMe
Através da dança, o coreógrafo francês-congolês Bolewa Sabourin auxilia vítimas de violência sexual a superarem seus traumas, reassumindo, de certa maneira, o controle sobre os próprios corpos. Tratar a dança como uns instrumento terapêutico a serviço das pessoas é o grande propósito do projeto Re-création, de coautoria de Bolewa e que tem dado ótimos resultados.
Bolewa, filho de pai congolês e mãe francesa, desenvolve hoje em ambos os países o projeto. Tendo nascido na França, ainda bebê passou a residir na República Democrática do Congo, de onde teve que sair e voltar à França por conta dos conflitos políticos que, naquela ocasião, aturdiam o país. Na França, formou-se em Ciências Políticas pela Sorbonne e se envolveu com a construção de uma série de movimentos sociais, sobretudo aqueles voltados à denúncia da violência policial.
Mesmo diante de todo o seu engajamento político e social (e, talvez, em razão dele) Bolewa sempre esteve convencido de que a dança é o instrumento de resistência que melhor permite que os indivíduos sejam eles próprios. Partindo dessa convicção, surgiu então a ideia de fundar o Re-creation, ideia compartilhada e co-executada pelo seu amigo, William Njaboum, através de uma fundação que pertence a ambos, a fundação ‘Loba’.
O projeto tem possibilitado a utilização da arte da dança como ferramenta de mobilização contra o estupro como arma de guerra na RDC, pratica recorrentemente utilizada por grupos que pretendem amedrontar e fazer com que habitantes de certas regiões fujam para que as riquezas minerais dessas regiões sejam exploradas, além de a dança funcionar de forma terapêutica no tratamento das vítimas.
” O corpo sempre foi o instrumento do domínio patriarcal, por excelência, onde quer que você esteja no mundo. Sempre passou pelo corpo. Tornamos o domínio natural falando sobre ‘sexo forte’, porque os homens têm músculos e testosterona, e ‘sexo frágil’ quando falamos de mulheres ”, explica Bolewa. “Quanto mais as mulheres encontraram maneiras de demonstrar sua humanidade, mais nós, homens, encontramos formas físicas de forçá-las a permanecer sob esse domínio. Então, para nós, a reapropriação do corpo é um passo essencial na reapropriação da história das mulheres ”.
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