A belíssima Estação Primeira de Mangueira entrou na avenida com o samba-enredo que reverenciou as “Marias, Mahins, Marielles, malês”, verdadeiros símbolos da luta brasileira. Um verdadeiro hino de resistência, força e coragem.
Desfilou contando o “avesso” da história do Brasil – com um samba-enredo que jogou os holofotes do Sambódromo sobre heróis “apagados” da história e sobre as lutas de negros, indígenas e mulheres ao longo dos séculos após o descobrimento.
O enredo “História pra ninar gente grande” foi assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira e contado em 24 alas e cinco alegorias. Em busca de seu 20º título, a Mangueira trouxe uma bandeira do Brasil com as cores da escola, no final do desfile.
Cantemos juntos!
Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
São verde e rosa, as multidões
Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
São verde e rosa, as multidões
Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra
Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato
Brasil, o teu nome é Dandara
E a tua cara é de cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati
Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês
Composição: Danilo Firmino / Deivid Domênico / Mamá / Márcio Bola / Ronie Oliveira / Tomaz Miranda
Você pode assista Desfile completo da Mangueira 2 AQUI!