Cerca de 463 milhões de crianças não fizeram aulas remotas durante Covid-19

Da ONU News
Fundo das Nações Unidas para a Infância diz que número equivale a 31% dos alunos, que não têm acesso à tecnologia necessária; agência pede reabertura segura de colégios e recuperação do tempo perdido; África Subsaariana é a região com menos alunos em educação a distância; América Latina e Caribe utilizou internet e rádio para ensinar e diz que apenas 9% dos alunos foram excluídos.

Pelo menos um em cada três alunos em todo o mundo ficou fora da aprendizagem remota durante os últimos meses de fechamento das escolas por causa da pandemia.

Os dados constam do estudo “Acessibilidade do Aprendizado a Distancia” lançado esta quinta-feira pelo Unicef.

A análise, em 100 países, examinou o aprendizado em casa e as ferramentas tecnológicas necessárias para crianças em idade pré-primária, primária, secundária inferior e secundária superior.

Escola do Iêmen que adota o distanciamento social para evitar contaminação pelo coronavírus.
Escola do Iêmen que adota o distanciamento social para evitar contaminação pelo coronavírus., by MFD/Elyas Alwazir
Quase 1,5 bilhão de alunos foram afetadas pelo fechamento de escolas no auge das medidas de contenção da Covid-19.

O estudo avalia ainda as limitações da aprendizagem remota analisando o acesso à televisão, rádio e internet. Além disso, examina a disponibilidade de currículos fornecidos a partir dessas plataformas durante o fechamento.

África e Américas
A pesquisa revela que a África Subsaariana foi a região como maior número de alunos fora da educação a distância. Pelo menos 48% estão na África Ocidental e Central e 49% na África Oriental e Austral. Eles não tinham acesso nem à internet nem ao rádio.

Já América Latina e Caribe concentram a menor faixa de crianças que ficaram sem aulas remotas: 9%. Mas segundo o Unicef, não existe garantia absoluta que 91% dos alunos participaram do ensino a distância porque durante as entrevistas para a pesquisa com as famílias em países como Argentina, Panamá, Bolívia, Paraguai e Equador, os resultados demonstravam grandes brechas no acesso à internet, computadores, telefones celulares e outras plataformas. Um quadro mais forte em áreas rurais e remotas.

Criança em Baigai, nos Camarões. Fechamento prolongado e sem precedentes das escolas afetou os alunos de diversas formas.

Mas para o Unicef, o “quadro preocupante sobre a falta de aprendizagem remota” durante o fechamento das escolas é provavelmente bem pior, alerta o Unicef.

Imagem de Artsy Solomon por Pixabay

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