Celulares apreendidos em presídios serão doados a alunos da rede pública de ensino em MS

Estudantes carentes da rede pública de ensino do Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, receberão 1.403 celulares para auxiliar no aprendizado durante o período de aulas à distância. Os aparelhos foram apreendidos em presídios do estado e serão doados aos alunos.

Anteriormente, os objetos confiscados pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) eram destruídos, após passarem por um processo de investigação e de inteligência para recolhimento de provas.

A iniciativa faz parte de uma ação proposta pelo Ministério Público do estado, através do Projeto “Transforme”, que tem o objetivo de oferecer um destino diferente aos smartphones, os distribuindo aos estudantes em situação vulnerável para eles conseguirem realizar as atividades remotas durante a pandemia da Covid-19.

“Identificamos que esses celulares não tinham utilidade e firmamos essa parceria para beneficiar alunos que precisam de acesso a essa tecnologia. É uma cooperação que começa agora, mas que, com certeza, terá um grande benefício”, disse a promotora de justiça Jiskia Trentin.

Conforme a Secretaria Municipal de Educação (Semed), agora os celulares em bom estado de conservação apreendidos por agentes de segurança no sistema penitenciário serão enviados ao MP-MS, que destinará os objetos para instituições parceiras, onde eles serão limpos e preparados para o uso escolar.

Segundo a secretária, Elza Fernandes, a pasta ficará responsável por fazer a triagem dos estudantes e também pela distribuição dos aparelhos.

“Mesmo com a previsão de retorno híbrido das aulas, a partir do dia 19 de julho, as atividades remotas vão continuar. E, para aqueles que ficarão em casa, será essencial ter o aparelho, para assistirem aos vídeos e realizar as atividades”, disse a titular.

Ainda não foi divulgado quando a Semed começará a enviar os smartphones aos alunos.

O primeiro lote de eletrônicos foi entregue no dia 4 de maio aos estudantes do curso de Análise de Sistemas da Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande (FESCG), onde serão formatados e higienizados.

“Iremos fazer isso o mais rápido possível, para que estejam com as crianças que precisam o quanto antes”, disse o diretor-geral da instituição, Danieli Marcondes Biacio.

Além da FESCG, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) também são parceiras do Ministério Público do estado no projeto.

Fonte Diário do Nordeste

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