Monique Medeiros e o vereador Jairinho haviam adotado a estratégia de unificar as versões e, para isso, valeram-se de um mesmo advogado a patrocinar a defesa de ambos. Contudo, após a professora Monique Medeiros decidir que as defesas não seguiriam mais juntas e contratar novo advogado, ela pretende prestar novo depoimento e mudar a sua versão dos fatos.
Ela agora afirma ter sofrido violência física do vereador Dr. Jairinho.
A defesa alega haver precedente para ela ser ouvida novamente, porque outras testemunhas também prestaram um segundo depoimento à polícia.
Monique está presa no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do RJ. O G1 obteve fotos de registro de entrada de Monique e de Dr. Jairinho no sistema penitenciário do Rio.
“O delegado Henrique (Damasceno) vai analisar se é necessário ou não uma nova oitiva da Monique para poder apresentar seu relatório final. Isso vai ser decidido provavelmente na semana que vem, mas nossa expectativa é de encerrar esse inquérito dentro de pouco tempo porque nós julgamos termos conseguido colher provas muito contundentes, mais que suficientes pra que isso seja levado a Justiça”, afirmou o delegado Antenor Lopes, diretor de Polícia da Capital do Rio.
Henry Borel morreu em 8 de março. No último dia 8, Jairinho e Monique foram presos por suspeita de serem os responsáveis pela morte do menino.
Leia a nota publicada pelos novos advogados de Monique:
“Dentro do objetivo de atuar com a verdade, a defesa da Sra. Monique Medeiros, insiste na necessidade da sua nova audição pelo senhor delegado de polícia que preside o inquérito e faz um público apelo, para a referida autoridade policial, neste sentido. Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela que tanto tem a esclarecer. Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para “calar Monique” ou não se buscar a verdade por completo.
A defesa observou, do estudo dos novos elementos do Inquérito, que há repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças. Neste lamentável caso, a diferença foi a morte da criança”
Fonte: G1
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