Texto de Sara Espejo publicado originalmente em Rincon del Tibet
Eu não sei qual o efeito psicológico que a palavra calma tem, mas, no particular, sempre sinto que ela vem como um prelúdio para essa promessa que desejo adotar como um fato que está se materializando em minha vida.
Muitas vezes calma é a coisa mais difícil de se sentir, especialmente durante estes tempos de maior turbulência, quando somos atacados por várias dúvidas, quando não entendemos nada do que estamos vivendo e não encontramos sentido algum nas nossas experiências, que são completamente opostas às que gostaríamos de viver.
No entanto, é a calma que nos permitirá atravessar o rio, chegarmos no outro lado. Quando acalmamos nossa mente oprimida e preocupada encontramos calma, independentemente do trovão da tempestade, há esse ponto, aquele refúgio em nosso interior, onde não chove, onde estamos seguros, onde estamos protegidos. Mas se nós apenas corrermos através da tempestade, nós viremos e iremos, nós resistiremos, nos esconderemos, só teremos a percepção de que aquela tempestade está aqui para ficar.
Nada do que acontece conosco chega à nossa vida por acaso, atraímos tudo, precisamos de tudo, tudo estamos criando… Enquanto nos mantemos em um estado de vibração particular, seguem aparecendo coisas que estão associadas a esse estado. Quando somos capazes de nos conectar com nós mesmos e alcançar esse estado que não depende do que acontece conosco, começamos a vibrar de maneira diferente e a atrair situações diferentes para nossas vidas.
Enquanto criamos algo diferente em nossas vidas, não vamos duvidemos do que estamos vivendo, devemos tirar proveito, encontrarmos o crescimento na experiência, até o pior que nos acontece é um sinal de que estamos vivos, é uma oportunidade para se destacar, para ser resiliente, ver do que somos feitos, reconectar com o que é importante, fechar ciclos, filtrar os que estão à nossa volta, começar de novo … E é disso que se faz a vida, dessas descidas, dessas subidas, de cada mudança, de cada lágrima, de cada espera …
À medida que aprendemos a criar a vida que queremos, apreciar a vida que temos, sem olhar para o lado, sem sentir que o gramado do vizinho é mais verde, sem nos comparar com ninguém, apenas sendo responsáveis com o que estamos fazendo e da mesma maneira sendo nobres com nós mesmos. Porque, muitas vezes, quando compreendemos que criamos tudo o que entra em nossas vidas, que atraímos tudo, permitimos isso, começamos a nos repreender, a nos punir, nos rejeitar e até mesmo ferir-nos e não é disso que se trata o jogo.
Há aqueles que morrem sem ter capturado o jogo para a vida e ainda assim viveram, talvez distantes do que queriam… Mas se pudermos trazer a mudança, se entendermos como criar, como melhorar o que queremos, certamente, o tráfego será mais agradável. É importante lembrar que não basta apenas ler um livro, fazer um curso, contratar um coach… Se trata de praticar o sentirnos deliberadamente melhores a cada dia, e isso é o princípio de uma vida cheia de mais e mais motivos para sentirmonos bem. Enquanto isso, entenda que está exatamente onde deve estar.