Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo, voltou às manchetes após perder mais uma batalha judicial. Desta vez, ele foi condenado a pagar R$ 1,9 milhão ao filho, Bruninho Samudio, como indenização por danos materiais e morais causados pela trágica e cruel morte de sua mãe, Eliza Samudio.
O crime que chocou o país, ocorrido em 2010, ainda traz desdobramentos para o ex-jogador, agora em liberdade condicional, mas com pendências jurídicas significativas.
A decisão que condena Bruno a essa indenização foi proferida inicialmente pela 6ª Vara Cível de Campo Grande, em novembro de 2022, e posteriormente confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2023. Sem mais possibilidades de recursos, o goleiro é agora obrigado a cumprir a sentença, após várias tentativas frustradas de reverter a condenação.
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De acordo com a decisão judicial, R$ 446,5 mil devem ser pagos a Bruninho como compensação pelos danos materiais resultantes da perda de sua mãe. Esse valor leva em conta o impacto financeiro que a morte precoce de Eliza causou no futuro do menino. Além disso, a maior parte do montante da indenização, R$ 1,4 milhão, corresponde aos danos morais, uma vez que Bruninho teve que crescer sem a presença materna devido ao crime cometido por seu próprio pai.
Caso o pagamento da indenização não ocorra dentro do prazo estabelecido pela Justiça, Bruno corre o risco de ter seus bens penhorados, além de bloqueios financeiros. A Justiça busca, com isso, garantir que o ex-jogador cumpra suas responsabilidades legais e que alguma forma de justiça seja assegurada para Bruninho, que perdeu a mãe de maneira brutal ainda quando era bebê.
A batalha judicial de Bruno Fernandes para evitar o pagamento da indenização começou em 2022, quando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul confirmou a sentença original. A defesa do ex-goleiro recorreu ao STJ em uma última tentativa de reverter a decisão, mas o recurso foi negado em junho de 2023, obrigando-o a arcar com as consequências de seus atos.
O valor da indenização foi determinado com base em cálculos feitos pela Justiça, que ajustou o valor solicitado pela defesa de Bruninho. Inicialmente, a avó materna, Sônia de Fátima Moura, que cuida do menino desde o crime, havia pedido um valor maior, que incluía pensões que seriam pagas até que Bruninho completasse 25 anos.
O crime envolvendo Eliza Samudio e Bruno Fernandes, ocorrido em 2010, continua sendo um dos casos mais marcantes do noticiário brasileiro. Condenado a 22 anos e 4 meses de prisão, Bruno cumpriu parte da pena e atualmente está em liberdade condicional. No entanto, o caso ainda traz impactos legais e emocionais, principalmente para Bruninho, que cresceu sem a mãe e com o pai condenado por seu assassinato.
Além das questões jurídicas, o caso segue atraindo atenção midiática, especialmente com o recente lançamento de um documentário sobre Eliza Samudio. A produção reacende o debate sobre o crime e suas consequências.
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