Pouquíssimo tempo depois da tragédia provocada pelo Ciclone Idai, Moçambique foi assolada por outra catástrofe, provocada também por um ciclone, o ciclone Kenneth. Os bombeiros brasileiros de Brumadinho, Minas Gerais, que haviam se deslocado para o país após o primeiro ciclone, permaneceram em solo moçambicano e tem auxiliado, agora, no salvamento, nas buscas e no processo de reconstrução atravessado, mais uma vez, por Moçambique.
O coronel Vandernilson Peres, da Força Nacional brasileira, em entrevista para a ONU News, explicou algumas das atividades que estão sendo desempenhadas pelos nossos bombeiros: “Estamos em Macomia, onde devido ao ciclone Kenneth rompeu a ponte do rio Muangamula. Estamos fazendo o resgate de várias famílias, tanto de um lado como do outro.”
O capitão Kleber Castro, que comandou a operação de busca e salvamento, disse que foram retiradas “muitas pessoas de áreas vulneráveis que estavam completamente alagadas.”. “A água foi subindo e destruiu muitas áreas residenciais.”, explicou o oficial. Segundo ele, “se as pessoas estivessem lá provavelmente não teriam resistido.” O capitão acredita que “mais de 100 poderiam ter sido vítimas fatais, e foram só vítimas de um alagamento.”
Fatores climáticos como as fortes chuvas que seguem acontecendo são o principal obstáculo para que a ajuda chegue a determinadas comunidades afetadas. A agilidade das forças envolvidas nas operações de salvamento são a cada dia mais determinantes para que outras vidas sejam salvas.
O ciclone Kenneth, segundo as mais recentes informações, já causou cerca de 40 mortes em Moçambique, que se somam às 650 mortes provocadas algumas semanas antes pelo ciclone Idai. Além das perdas humanas, mais de 168 mil pessoas foram de alguma maneira afetadas. Pelo menos 37 mil pessoas estão vivendo em centros de acomodação. Cerca de 35 mil casas e 200 salas de aula sofreram danos. Aproximadamente 7 mil mulheres grávidas se encontram em risco de parto inseguro.
Com informações de ONU News