“As Duas Faces de um Crime” é um thriller empolgante e repleto de reviravoltas que cativa os espectadores desde o primeiro momento – está disponível na Netflix!
O diretor Gregory Hoblit constrói uma narrativa à moda antiga, com toques de religião e loucura, onde um advogado de defesa vaidoso e exibicionista se vê diante de uma manchete de jornal que mudará sua vida para sempre.
A trama se desenrola a partir desse ponto crucial, envolvendo o público em uma teia de mistérios e desdobramentos pouco críveis, mas que garantem uma experiência mesmerizante mesmo para os espectadores mais experientes nesse gênero cinematográfico.
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Baseado no romance de William Diehl, o filme explora o choque do advogado Martin Vail, interpretado brilhantemente por Richard Gere, ao lidar com diversas circunstâncias que misturam noções de certo e errado, honra e ignomínia, revelando as facetas mais promíscuas da natureza humana.
A história gira constantemente sobre si mesma, surpreendendo e mantendo o público constantemente intrigado.
O desempenho de Richard Gere é marcante e um dos pontos altos do filme, mostrando o ator em sua melhor forma, encarnando o complexo personagem de Vail com maestria.
O roteiro, escrito por Ann Biderman e Steve Shagan, não se aprofunda na motivação do advogado em se envolver em um caso tão intrincado, mas isso não prejudica a trama, que continua a avançar de forma cativante.
Edward Norton também brilha no papel de Aaron Stampler, o acusado pela morte do arcebispo Rushman, vivido por Stanley Anderson.
O personagem de Norton é tragado pelo turbilhão de interesses diversos, incluindo repórteres, policiais, clérigos e políticos, todos buscando vantagens em relação ao caso.
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A entrada de Laura Linney como Janet Venable, a ex-assistente e ex-amante de Vail, agora atuando como acusadora oficial do cliente do advogado, e de Frances McDormand como a neuropsicóloga Molly, adicionam novas camadas de tensão à trama, rompendo com a monotonia anterior.
Apesar de ser uma obra envolvente, “As Duas Faces de um Crime” peca ao manter uma solução deus ex machina que funde os caminhos de Stampler e Vail, baseando-se em uma suposta vaidade do advogado.
Essa escolha torna o filme inferior a “Um Crime de Mestre”, outro trabalho do diretor que conseguiu evitar essa armadilha narrativa.
No entanto, a reviravolta final é brilhantemente concebida e faz valer a pena o montanha-russa de emoções e intrigas que permeia todo o filme.
“As Duas Faces de um Crime” desafia a ideia de que o mundo pertence aos espertos, pois, no final, é um lembrete de que sempre há espertos mais astutos do que os que estão acostumados a se considerarem os mais sagazes.
No geral, é uma produção que proporciona uma experiência de suspense e entretenimento digna de ser assistida.
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Fonte: Revista Bula
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