Texto de Thamilly Rozendo publicado originalmente em Conti Outra
Se eu não tivesse você como mãe, certamente a teria escolhido como amiga.
Você esteve ao meu lado em todos os meus momento, ensinando-me as coisas bonitas dessa vida e me preparando para enfrentar os desafios que dela possam vir. Você me ofereceu o seu colo quando eu não tinha mais para onde ir, enxugou as minhas lágrimas e ficou ali em silêncio, como quem quer apenas estar presente. Como quem despende o seu tempo para ser apoio, para ser abrigo.
Na calada da noite, nas madrugadas frias, você esteve lá com o coração partido, ouvindo-me chorar. Então, você acordou e me fez companhia quando você, mãe, como alguém que dispensa o descanso e esquece o sono. Como quem quer oferecer um ombro amigo.
Você chorou junto comigo quando a dor era grande demais, quando o meu coração estava machucado e ferido e então você dobrou os seus joelhos e orou por mim, como quem pede por socorro. Você cuidou de mim quando eu estava doente e quantas vezes, mãe, eu vi os seus olhinhos cansados olhando para mim com tanto amor. Quantas vezes, mãe, eu vi você chorar em silêncio ao ver a minha tristeza. Quantas vezes você não deu tudo de si deixando até mesmo de pensar em você.
Mãe, sua força e coragem enchem o meu coração de orgulho e de alegria por ter você em minha vida. A sua força mãe foi o meu alicerce e me sustentou quando o meu mundo parecia desmoronar. O seu amor envolveu a minha história e me ensinou que o amor é mesmo bonito. Sua paciência moldou a velocidade das minhas palavras e diminuiu a intensidade das minhas ações, de tudo aquilo que não era bom. Eu aprendi com você, mãe, que amar é muito mais do que estar ao lado de alguém quando tudo vai bem, amar é muito mais do que gostar das qualidades e dos feitos que o outro faz para a gente. Eu aprendi com você, mãe, que amar é ser paciente quando o outro não está bem, é ser companhia quando as coisas vão mal, é suportar os desafios e tolerar os defeitos. Eu aprendi com você que o amor é nobre e bonito, porque você me amou tanto, que me tornei o reflexo de uma alma feliz, uma alma que quer e precisa irradiar aquilo que recebeu. E eu, mãe, só recebi o seu amor, um amor sincero e puro.
Você que me ensinou a falar, ficou contente quando a chamei de “mamãe” pela primeira vez, segurou as minhas mãos enquanto eu aprendia a andar, escolheu as roupas e pensou nos detalhes do meu sapato, do meu cabelo… Você me levou para a escola e sempre estava lá me esperando na saída. Você, que me deu a minha primeira bolsa de rodinhas e que me levava para tomar sorvete depois da aula.
O tempo passou em uma velocidade assustadora e hoje você continua a sorrir quando a chamo de mãe e continua segurando as minhas mãos. Você não escolhe mais as minhas roupas e nem os detalhes do meu sapato e do meu cabelo. Mas você continua a orar por mim, continua a sonhar os meus sonhos e a vibrar com as minhas vitórias. Você continua pensando em mim até nos detalhes mais simples dessa vida.
Você continua preparando o café, continua lembrando que eu adoro sorvete, continua me surpreendendo com um bolo de cenoura com AQUELA cobertura de chocolate em um final de tarde, quando chego em casa cansada.Você continua sendo mais do que mãe, você continua sendo amiga. Você continua me ensinando sobre o amor, sem precisar dizer nada. Você continua me mostrando o que é amar, continua me ensinando a respeitar e a ser paciente.
Eu quero cuidar de você, quero estar ao seu lado sempre, quero continuar fazendo você sorrir, quero deixar mais bilhetes pela casa enquanto você trabalha, quero continuar a levando ao trabalho e tendo a alegria de buscá-la. Trocar ideias pelo caminho de volta para casa, como quem quer colocar o papo em dia. Eu quero continuar vendo filmes de romance com você no Netflix, numa quarta-feira à noite, enquanto você faz o brigadeiro e estoura a pipoca. Eu quero continuar a me deitar em seu colo quando precisar de alguém para conversar. Eu quero continuar sendo sua amiga, sua companheira; eu quero continuar ouvindo o seu boa noite, quero continuar a receber o seu abraço e o seu amor. Ah, que sorte a minha ter a mãe e a amiga na mesma mulher!
Nota da página: A linda imagem de capa é do blog Drama Queen Zen, de Lu Mich